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Sindicato diz que privatização prejudicou Força Aérea e critica Paulo Portas

O Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas acusou hoje a administração da OGMA de "assédio laboral" aos trabalhadores e defendeu que sua privatização prejudicou a operacionalidade dos aviões da Força Aérea.

Sindicato diz que privatização prejudicou Força Aérea e critica Paulo Portas
Notícias ao Minuto

17:41 - 06/04/15 por Lusa

País OGMA

"Para os trabalhadores, os últimos dez anos foram o período de exploração mais agravada da sua força de trabalho, diariamente confrontados com um clima de assédio laboral constante por parte da administração e das chefias, que são hoje escolhidas não pela capacidade de gerir, mas pela capacidade de empunhar o chicote e implementar a ideologia do patrão", refere a organização sindical.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (STEFFAS) considera que "no dia em que alguns fazem a festa" pelos dez anos sobre a privatização da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., é impossível "esquecer que há quase três anos que não é atualizada a tabela salarial da empresa".

"É um facto incontornável que, além da perda de controlo da empresa, com inevitáveis consequências económicas e estratégicas para o país, também a relação com a Força Aérea se degradou imenso. A OGMA efetuava a manutenção de todos os modelos de aeronave que equipavam o ramo, hoje trabalha apenas com dois", pode ler-se.

No comunicado, o STEFFAS critica a cerimónia realizada hoje em Alverca com a presença de Paulo Portas, que conduziu a privatização como ministro da Defesa, há dez anos, e o convite feito aos trabalhadores para estarem presentes.

"O convite e a atitude tomada pela empresa em relação à participação dos trabalhadores no evento são, além de um horrível mau gosto, o exemplo acabado da prepotência e arrogância a que o patrão privado nos habituou", afirma o sindicato.

A organização sindical acusa ainda o atual vice-primeiro ministro, Paulo Portas, de enquanto responsável pela pasta da Defesa ter feito sempre maus negócios: "Vendeu sempre barato e comprou sempre caro".

"Estranho é que a ampla frequência de feiras e recintos similares por parte desta personagem não lhe tenha granjeado, até hoje, melhor olho para o negócio, pelo menos no que toca à Defesa", ironiza o STEFFAS.

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