"Está a arder com bastante intensidade e com três frentes enormes, tenho pouquíssimos meios terrestres e a esta hora já nem meios aéreos", disse à agência Lusa perto das 20h30 o comandante dos Bombeiros Voluntários de Tarouca, Humberto Sarmento.
Segundo o comandante, este incêndio surgiu na sequência de um outro, "que já está ultrapassado, mas chegou a uma outra encosta de acessos também muito difíceis, com quilómetros de frente, e está numa encosta, com a serra de Santa Helena à frente, na encosta da frente".
"Não há localidades em perigo, mas o incêndio vai na linha das aldeias de Vilarinho, de Valverde e Mondim da Beira. É nesta zona que o incêndio está, sem ter saído do concelho", afirmou.
O alerta para o incêndio de Vilarinho, na freguesia de São João de Tarouca, concelho de Tarouca, distrito de Viseu, aconteceu pelas 19h00 de sábado.
Pelas 20h45 de hoje, combatiam o fogo 125 operacionais apoiados por 39 veículos, segundo a página oficial na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.
Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
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