Linha de fogo com dez quilómetros e nova frente preocupam no Sabugal

Populares e operacionais estão a travar uma "luta inglória" contra o incêndio que lavra desde sexta-feira no concelho do Sabugal, no distrito da Guarda, e tem uma frente com cerca de 10 quilómetros.

Incêndios em Portugal

© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Image

Lusa
17/08/2025 12:14 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Incêndios

"A frente do fogo vai do Baraçal a Peroficós, são cerca de 10 quilómetros. O problema é que não temos visibilidade nenhuma e não sabemos por onde anda o incêndio", declarou Vítor Proença, presidente da Câmara do Sabugal, à agência Lusa.

 

Na zona sul do concelho raiano do distrito da Guarda há, esta manhã, outra frente ativa que está a aproximar-se da localidade de Bendada e que é motivo de preocupação.

"A situação é mais complicada porque as chamas estão a avançar com força para a Bendada e para a Quinta do Clérigo, uma anexa da freguesia de Águas Belas", afirmou o edil sabugalense.

Vítor Proença volta a lamentar a falta de meios no teatro de operações.

"Estão 160 homens a combater as chamas no Baraçal, mais 64 na zona da Bendada. Precisávamos do dobro, no mínimo", disse.

Há ainda um meio aéreo a atuar em cada frente.

A chegar ao Sabugal está também um reforço da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) da GNR com 30 homens.

"A população tem sido inexcedível, com autotanques, tratores e a sua disponibilidade para ajudar no combate às chamas", elogiou o presidente da Câmara do Sabugal.

De acordo com o autarca, a Estrada Nacional (EN) 233 está cortada ao trânsito entre o alto do Baraçal e Rocamonde.

O fogo que está atualmente na zona do Baraçal começou na Aldeia de Santo António, na sexta-feira, pelas 14h41, e mobiliza 168 operacionais, 50 veículos e um meio aéreo, segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Na ocorrência de Sortelha, que começou às 14h53 de sábado, estão empenhados 64 homens, 15 viaturas e um meio aéreo.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta, em vigor até domingo.

Os fogos provocaram um morto e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.

Segundo dados oficiais provisórios, até 16 de agosto arderam 139 mil hectares no país, 17 vezes mais do que no mesmo período de 2024. Quase metade desta área foi consumida em apenas dois dias desta semana.

Fogos consumiram já 139 mil hectares, 17 vezes a área ardida em 2024

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Os incêndios florestais consumiram até hoje 139 mil hectares, metade dos quais em apenas dois dias, o que representa 17 vezes mais do que a área ardida no mesmo período do ano passado, segundo dados provisórios do ICNF.

Lusa | 11:54 - 16/08/2025

Leia Também: Góis com esperança que incêndio "fique resolvido o mais rápido possível"

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