Para o círculo da Europa, a AD escolheu como cabeça de lista José Manuel Fernandes, para quem o voto eletrónico nas comunidades portuguesas é para avançar, prometendo benefícios fiscais para emigrantes portugueses reformados que queiram regressar para regiões menos populosas.
Outra das suas prioridades é o reforço do ensino português no estrangeiro.
Maria Emília Ribeiro é a cabeça de lista do PS para esta região e tem como grande objetivo tratar os portugueses no estrangeiro como "cidadãos de pleno direito" e valorizá-los pelo papel de "embaixadores que desempenham no mundo, enquanto agentes de língua, ciência, cultura e economia portuguesas".
O reforço da eficácia da rede consular, seja nos agendamentos e nos atendimentos, na disponibilização na internet de mais serviços ou na área dos apoios sociais, estão nos propósitos desta candidata.
Também José Dias Fernandes (Chega), eleito nas anteriores eleições para este círculo, aposta no voto eletrónico e num ensino do português e da história portuguesa de qualidade, além da melhoria dos serviços nos consulados.
Se for eleita, a cabeça de lista da IL para a Europa, Ana Moura, promete modernizar e tornar mais eficazes os serviços consulares e criar condições que aliciem os emigrantes a regressar a Portugal, como o reconhecimento de qualificações obtidas no estrangeiro.
O reforço do ensino da língua portuguesa com métodos digitais modernos e o apoio "transparente e sustentável" ao movimento associativo fazem também parte do seu programa.
Teresa Duarte Soares (BE) defende "mais justiça, mais direitos e melhor vida" para os emigrantes na Europa", elegendo como prioridade o alargamento e reformulação dos conceitos que assistem à constituição de áreas consulares".
Defende salários para os funcionários consulares que correspondam ao nível de vida dos países de acolhimento e aumentos salariais para os professores, considerando urgente a reforma do sistema de ensino português no estrangeiro. Gostaria de mais deputados eleitos pela Emigração, que atualmente são quatro.
A cabeça de lista da CDU para a Europa, Joana de Abreu Carvalho, defende que o ensino português no estrangeiro seja feito como língua materna e sob a tutela do Ministério da Educação, reclamando mais docentes.
As associações de portugueses também merecem atenção no seu programa, além de mais meios humanos e materiais nos consulados.
Mafalda Dâmaso é a escolha do Livre e defende "serviços públicos de excelência e o acesso ao voto para todas as pessoas, independentemente do seu código postal".
Uma rede consular acessível a toda a diáspora e o reforço financeiro da RTP para garantir mais e melhor serviço público de rádio e de televisão em Portugal e para a diáspora, bem como o reforço do orçamento do instituto Camões para investir nomeadamente numa rede que permita às embaixadas portuguesas receber artistas nacionais em residência, são ideias que propõe.
Pelo PAN, Paulo Vieira de Castro aposta num maior apoio às associações portuguesas na Europa, à rede consular e ao ensino da língua.
Também defende a melhoria do funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e um maior apoio às associações portuguesas na Europa e o alargamento dos serviços prestados pelo Consulado Virtual.
Pelo círculo Fora da Europa, o atual secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, encabeça a lista da AD e propõe a adaptação da rede do ensino português no estrangeiro e de escolas portuguesas no exterior.
Promete lançar o consulado do futuro, diversificando o sistema de agendamento de atos consulares e dar continuidade ao programa de formação e de incentivo a novos dirigentes associativos.
O desenvolvimento de experiências que permitam a adoção do voto eletrónico e a uniformização dos modelos de participação eleitoral, bem como o aumento do número de deputados eleitos pelos círculos das comunidades, são outras propostas da AD.
Pelo PS, Vítor Manuel Silva promete criar um gabinete de crise focado na questão das deportações de portugueses nos Estados Unidos e reforçar os consulados portugueses com meios humanos.
E considera que "já está mais do que na hora" de os círculos da emigração elegerem mais deputados.
Manuel Magno Alves (Chega), outro eleito que volta a concorrer pelo círculo Fora da Europa, gostaria de ver os emigrantes a "votarem tranquilamente através do voto eletrónico".
Defende que seja o Ministério dos Negócios Estrangeiros e não o Camões (tutelado pelo MNE) a divulgar o ensino da língua portuguesa e quer mais pessoal para os consulados que estão "assoberbados de trabalho".
Pela IL, Christian Hohn defende "uma imigração com regras e com dignidade" e propõe-se dar voz a muitos portugueses que "estão fora e não são ouvidos".
Para isso aposta na melhoria da rede consular, na modernização do ensino da língua portuguesa, no reforço do papel do CCP, "enquanto ponto-chave de mediação e diálogo entre o Estado português e as comunidades portuguesas", e no apoio do movimento associativo, que "é a alma das comunidades portuguesas".
Ana Isabel da Silva, cabeça de lista do BE por Fora da Europa, considera que, "para garantir que não há portugueses de primeira e portugueses de segunda, é essencial defender que os emigrantes têm os mesmos direitos de acesso ao Serviço Nacional de Saúde e aos restantes serviços públicos".
Propõe-se "reforçar a rede de consulados, com mais recursos humanos e reforço do número, tipo e qualidade dos serviços disponíveis online e por telemóvel" e a valorização do ensino do português.
Defende ainda um aumento das assembleias eleitorais nos consulados para o exercício do voto presencial e o reforço do uso do voto postal.
Pela CDU, Ana Isabel Oliveira aposta no reforço dos meios nos consulados e num maior apoio às organizações, associações e coletividades, que "resistem e são um apoio fundamental aos portugueses no estrangeiro".
Manuel Brito-Semedo (Livre) define como "objetivo claro" a garantia de uma cidadania plena a todos os portugueses no estrangeiro.
Acesso ao voto eletrónico, serviços consulares mais rápidos, reconhecimento das competências obtidas fora de Portugal e a promoção da cultura e língua portuguesas são objetivos deste cabeça de lista.
A escolha do PAN para Fora da Europa, Nelson Abreu, aposta no estreitamento das relações entre os emigrantes e as representações consulares, uma revisão das leis eleitorais para melhorar o acesso do voto remoto, o apoio a projetos de portugueses no exterior, aos clubes e meios de comunicação e a preservação do património e cultura de Portugal no mundo.
Em 18 de maio, os portugueses residentes no estrangeiro voltam a escolher quatro deputados, estando recenseados 1.584.499 eleitores nestes círculos, mais 37.752 do que nas últimas legislativas.
Para este sufrágio, há 36 candidaturas aos dois círculos, 18 para cada um.
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