"Montenegro finge que governa, mas hoje foi o próprio Passos Coelho, o ídolo do PSD, o eterno candidato a tudo, a explicar a Montenegro as reformas que ele não fez e que deveria ter feito", afirmou o cabeça de lista do PS pelo distrito de Santarém durante um comício no Jardim da Liberdade, que concluiu o terceiro dia de campanha oficial do PS.
O vice-presidente da Assembleia da República centrou o seu discurso no ainda primeiro-ministro que acusou, por diversas vezes, de fingir.
"Montenegro está sempre a fingir. Finge que não quer eleições, mas foi ele que deitou o Governo abaixo", afirmou o porta-voz do PS para as eleições legislativas de 18 de maio.
O antigo líder do PSD Passos Coelho pediu hoje que o partido continue a sua "tradição reformista" e que o país "não se alheie" do que se passa no mundo, sem responder se Luís Montenegro tem essas qualidades.
"O meu desejo profundo é que, nestes anos que temos por frente, o PSD possa fazer pleno jus à sua tradição reformista em Portugal. O mundo inteiro vive tempos de transformações muito grandes, de grandes incertezas, quer ao nível da segurança e da defesa, quer ao nível económico e político, e isso ainda acentua mais a importância de tratar de relevar reformas importantes que o país ainda precisa de fazer para superar vulnerabilidades estruturais que ainda são manifestas", alertou Passos à entrada para o almoço com vários ex-líderes do PSD para assinalar os 51 anos do partido, na sede nacional.
Perestrello disse que Montenegro "finge, mas a realidade desmente-o".
E, na opinião do socialista, o primeiro-ministro finge em relação à saúde, educação, economia, inflação e contas públicas.
"Mas a verdade é que o saldo orçamental deixado pelo Governo do PS está a ser destruído e a dívida pública voltou a subir no primeiro trimestre deste ano", elencou.
Perestrello referiu ainda que "Montenegro finge que a situação da sua empresa só é conhecida porque ele a deu a conhecer, mas é falso, foi a comunicação social que trouxe a empresa de Montenegro à luz do dia".
"Também o programa de governo do PSD é a fingir, é uma fantasia, não se pode acreditar em nada do que lá está escrito. Pelo contrário, o programa de governo do PS é diferente, é um programa de governo com um projeto claro para o país", frisou.
Para falar do "querido amigo" Pedro Nuno Santos, a antiga ministra da Coesão Territorial Ana Abrunhosa veio a correr de Coimbra, onde é candidata à presidência da câmara.
"E eu quero dizer-vos a todos que só quem não conhece o Pedro Nuno Santos, só aquele que não teve o privilégio de lidar com ele, de ver a pessoa genuína que é, uma pessoa que põe ideologia em tudo o que pensa e faz, uma pessoa com a alma, com a razão socialista, só quem não conhece o homem disponível para resolver os problemas, de forma simples, despretensiosa, só quem não te conhece, Pedro, é que não gosta de ti como eu gosto", salientou.
E dirigindo-se à mulher do líder socialista, sentada ao lado de Pedro Nuno Santos, atirou: - "Catarina, não tenhas medo porque o meu coração já tem dono".
Ana Abrunhosa realçou que é preciso ter "companheiros muito especiais para aguentarem as vidas de entrega à missão pública".
"E é isso que o Pedro tem feito a vida inteira. Uma vida dedicada à missão pública. E Pedro, não precisas de nascer duas vezes para seres uma pessoa séria. Não precisas que nenhum dirigente do PS venha escrever artigos de opinião para sabermos que és uma pessoa de valor, para sabermos que és uma pessoa séria, para sabermos que és uma pessoa que tem os valores e as características que queremos para primeiro-ministro de Portugal", sublinhou.
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