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Médicos internos "ignorados pelo Governo" e "vítimas de abuso laboral"

Fnam alerta que "médicos internos não podem continuar a ser esquecidos, acordo atrás de desacordo".

Médicos internos "ignorados pelo Governo" e "vítimas de abuso laboral"
Notícias ao Minuto

07:48 - 19/12/23 por José Miguel Pires

País FNAM

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) alertou, esta terça-feira, que os médicos internos são "ignorados pelo Governo e vítimas de abuso laboral em várias instituições".

"Não podem continuar a ser esquecidos, acordo atrás de desacordo, desacordo atrás de acordo. Ignorados em geral pelos sucessivos governos das duas últimas décadas, e este último em particular", escreveu o sindicato em comunicado enviado às redações.

Na mesma missiva, a FNAM lamentou que estes médicos "continuam sem ver o internato reconhecido como parte integrante da carreira médica, têm salários incapazes de sustentar o custo de vida e assistem, paulatinamente, à desvalorização da sua formação e especialização médica".

"De modo ilegal e persistente, a constituição das equipas de urgência tem estado abaixo dos mínimos previstos pela Ordem dos Médicos, e não raras vezes sem médicos especialistas no período noturno. Não podem ser os internos, desacompanhados no exercício das suas funções, os responsáveis por colmatar a falta de especialistas", continuou o sindicato, considerando que "os números publicados ontem pela Ordem dos Médicos, relativos ao impacto do burnout entre os médicos internos, onde um em cada quatro jovens médicos apresenta sintomas graves de burnout e 55,3% está em risco de desenvolver a síndrome, são um sinal revelador e alarmante, reflexo dos abusos laborais a que os médicos internos são sujeitos".

Com esta contextualização em mãos, e numa altura em que se avizinham mudanças no Executivo, após as eleições de 10 de março, a FNAM sugere "ao futuro Governo" que "dê início a negociações urgentes à primeira hora do seu mandato, de forma a não desperdiçar o tempo que o mais recente Ministro da Saúde perdeu ao longo de 19 meses de negociações, sem competência para salvar a carreira médica, concretizando, também, as soluções que a FNAM tem para o Internato Médico, cujos profissionais serão o futuro do SNS".

Leia Também: Urgências? "Regresso à normalidade não corresponde à realidade", diz FNAM

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