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Canção de Natal ganha nova letra em protesto por aumentos salariais

Dezenas de pessoas participaram hoje num desfile na baixa lisboeta, promovido pela União dos Sindicatos de Lisboa, da CGTP, a exigir melhores salários, entoando uma canção de Natal, entre as habituais palavras de ordem, com letra adaptada às reivindicações.

Canção de Natal ganha nova letra em protesto por aumentos salariais
Notícias ao Minuto

20:23 - 13/12/23 por Lusa

País CGTP

Os manifestantes, muitos deles vestidos de Pai Natal, concentraram-se cerca das 17:30 no Largo Camões e desceram a Rua Garrett rumo ao Rossio, a cantar a música tradicional de Natal "O menino está dormindo", mas com a letra alterada.

"O Governo esteve dormindo| À sombra da maioria| Corrupção e inflação| Aumentam a cada dia| Fizeste asneira da grossa| E isso foi-te fatal|Ó Costa estás de saída| Não chegaste ao Natal| O aumento das pensões| Foi presente envenenado| São apenas uns tostões| Não vamos ficar calados|", cantavam os manifestantes, ao descer a rua Garrett sob o olhar curioso dos turistas, que levantavam os telemóveis à passagem do desfile para registarem o momento.

O protesto promovido pela União dos Sindicatos de Lisboa, uma "marcha popular de Natal" com direito a arcos semelhantes aos das marchas lisboetas, mas com cartazes em vez de flores de papel a exigir aumento dos salários e pensões e 35 horas semanais de trabalho, visou "denunciar e combater as gritantes desigualdades e injustiças sociais".

Dois homens vestidos de "capitalistas", de fato e cartola, de charuto na mão e com os logótipos de vários hipermercados colados na roupa destacavam-se entre os manifestantes que gritavam "para os patrões são milhões, para os salários são tostões" ou "não podemos aceitar empobrecer a trabalhar.

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, que encabeçou o desfile, disse à Lusa que o desfile se integra num conjunto de ações que estão a ser realizadas em várias cidades do país para "denunciar a degradação das condições de vida e de trabalho" em Portugal.

"É preciso mudar de opções, mudar de política, garantindo resposta aos problemas e necessidades dos trabalhadores e dos pensionistas", disse Isabel Camarinha, acrescentando que "isso exige respostas no imediato para os salários".

A CGTP reivindica um aumento geral dos salários em 15% para 2024 com um mínimo de 150 euros para os trabalhadores.

Leia Também: Centrais sindicais contestam apelos à prudência nos aumentos salariais

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