"Para já estamos muito bem servidos" com o Papa, diz Américo Aguiar

O bispo Américo Aguiar, que no sábado é formalmente investido como cardeal, disse hoje, sobre um futuro conclave, no qual pode eleger o Papa e pode ser eleito, que para já a Igreja está muito bem servida com Francisco.

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© Horacio Villalobos via Getty Images

Lusa
29/09/2023 10:56 ‧ 29/09/2023 por Lusa

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"Para já estamos muito bem servidos e, portanto, não há necessidade de fazer preparação prévia para o conclave", afirmou aos jornalistas, na Cidade do Vaticano, Américo Aguiar, futuro bispo da Diocese de Setúbal.

Admitindo que a participação num conclave "é uma experiência única na vida de qualquer pessoa", o futuro cardeal adiantou ter tido "experiência de conclaves do lado de cá", nos últimos dois, referindo-se às eleições de Bento XVI (2005) e Francisco (2013).

"Agora, estar do lado de lá da chaminé, do lado de lá do fumo, naquilo que são os filmes e as leituras que a gente faz" deve levar os cardeais eleitores a entregarem-se "totalmente à oração", declarou.

Por outro lado, manifestou o desejo de que o "Espírito Santo inspire os cardeais eleitores para que façam, no tempo que for, daqui a muitos, muitos anos, as escolhas certas para a Igreja e para o tempo" e as circunstâncias que se estiverem a viver nessa ocasião.

Américo Aguiar, que vai passar a integrar o Colégio Cardinalício, adiantou que tomará "parte naquilo que são os problemas, as dificuldades, os projetos, os caminhos, as reflexões, a oração".

"Acho que é isso que é pedido a cada um dos membros do Colégio Cardinalício, quer os que já lá estão, quer os que chegam agora, dar um contributo naquilo que sejam os desafios que a Igreja tem", assinalou o até agora bispo auxiliar de Lisboa.

Referindo que a Igreja Católica tem agora pela frente um Sínodo (começa em 04 de outubro), "do qual fazem parte os que são eleitos e designados", não sendo o caso de Américo Aguiar, o prelado apontou que, "com a oração e no 'back office' e na realidade de uma diocese no terreno", dará "toda a colaboração daquilo que são os sonhos de Deus para aqueles" que é chamado a servir.

Em 2013, após ser eleito Papa, Francisco, agora com 86 anos, assinou uma carta de demissão caso problemas de saúde o impeçam de cumprir as suas funções.

A carta foi entregue ao então secretário de Estado do Vaticano, Tarcísio Bertone.

Francisco, que já havia afirmado no passado que renunciaria caso tivesse problemas de saúde, disse não saber o que Bertone fez à carta.

Em 30 de julho de 2022, Francisco, numa conferência de imprensa a bordo do avião na viagem de regresso a Roma, depois de seis dias de visita ao Canadá, confidenciou aos jornalistas que "não podia mais viajar" ao mesmo ritmo de antes, mencionando também a possibilidade de "colocar-se de lado".

O Papa considerou que a possibilidade de renunciar, tal como o seu antecessor Bento XVI, "não é um desastre" e repetiu que a porta estava "aberta".

Em março, Francisco esteve internado durante alguns dias com uma bronquite.

Em junho Francisco foi submetido a uma cirurgia abdominal de três horas com anestesia geral, para reparar uma hérnia e remover cicatrizes dolorosas, que decorreu sem complicações.

O Papa Bento XVI (1927-2022) abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, em 11 de fevereiro de 2013, dois meses antes de completar oito anos no cargo.

Leia Também: Igreja para "todos, todos, todos", mas não é "tudo, tudo, tudo"

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