Praias de Torres Vedras com capacidade para mais surfistas e banhistas

As praias do concelho de Torres Vedras ainda não atingiram os limites de saturação e têm capacidade para aumentar a carga recreativa por parte de surfistas e banhistas, segundo um estudo hoje divulgado.

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Lusa
16/05/2025 17:49 ‧ há 6 horas por Lusa

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"Existe um consenso de que ainda não foram atingidos os limites de saturação de uma forma generalizada e que poderá, inclusive, haver espaço para crescer", concluiu um estudo encomendado pela Câmara de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

 

O estudo, cujas conclusões foram hoje apresentadas na Praia de Porto Novo, foi desenvolvido pela Associação de Escolas de Surf de Portugal ao longo de um ano para avaliar as "capacidade de carga recreativas indicativas para o espelho de água" das 12 praias do concelho.

De acordo com o relatório, a que a agência Lusa teve acesso, o número de praticantes da modalidade engloba mais de 50 milhões de surfistas e mais de 120 milhões de adeptos em tudo o mundo, o que contribui para "um aumento da carga nas praias" e para um consequente aumento dos acidentes e das "situações de tensão e conflito entre os diversos utilizadores das praias".

Com este estudo, "absolutamente inovador em Portugal", a Câmara de Torres Vedras poderá "regular" esta atividade, calculando os limites de carga e pondo em prática "um conjunto de propostas" de ordenamento das 12 praias, refere o documento.

As conclusões tiveram por base inquéritos a 997 banhistas e 31 surfistas, bem como a contagem do número de utilizadores das praias, entre novembro de 2023 e outubro de 2024.

O diagnóstico revela que estas áreas balneares "estão ainda longe de estar saturadas", já que 97% dos surfistas e 100% dos banhistas consideram "confortável" o número de pessoas na água e que o mesmo poderia até "ser ainda maior sem comprometer a qualidade da experiência".

Os inquiridos não identificaram também situações de conflito entre utilizadores das praias, onde foram identificadas 16 potenciais zonas de surf e 18 potenciais zonas de escolas de surf, dependendo das condições do mar e da formação de bancos de areia.

O relatório agora apresentado sugere os cálculos para definir o número de escolas de surf e de surfistas a praticar, em simultâneo, em cada praia e recomenda à autarquia que procure desenvolver "um modelo de turismo de surf focado no valor e na qualidade da experiência, em detrimento de um modelo que privilegie o volume, permitindo diferenciar o destino Torres Vedras por aquilo que foi valorizado por todos os participantes no estudo: a tranquilidade e a possibilidade de surfar ondas de elevada qualidade com poucas pessoas".

O estudo propõe mesmo que possa haver "uma concertação intermunicipal no licenciamento e gestão das escolas de surf", para garantir o equilíbrio da sua distribuição pelas praias da região do Oeste, evitando que as limitações num determinado concelho não sobrecarreguem territórios vizinhos.

As propostas passam ainda por aumentar os sistemas de vigilância e salvamento balnear ao longo de todo o ano, efetuar a manutenção de acessos e passadiços, e promover a rápida limpeza de algas que se depositam no areal.

Leia Também: Qualidade de Ouro: Quercus distingue 425 praias (mais cinco que em 2024)

 

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