O ministro da Administração Internou apelou, esta manhã, para que os inspetores do SEF reponderem a greve que pretendem levar a cabo até ao final de junho.

Em declarações aos jornalistas, José Luís Carneiro apontou as propostas defendidas pelos diferentes sindicatos da profissão e garantiu que a tutela garantiu que todas elas fossem aprovadas.

Entre elas, estão, segundo o governante, a "transição em bloco para a PJ [Polícia Judiciária]; que nenhum funcionário tenha perdas salariais, antes pelo contrario; a garantia de que ficarão colocados nos locais de origem ou de acordo com a sua lista de preferências" e, ainda, que o curso que está a decorrer para contratar mais inspetores se "mantém válido".

"Todas as propostas que os diferentes sindicatos fizeram, foram garantidas  e por isso tenho apelado que ponderem a greve, na medida em que, sendo um direito, causa transtornos significativos para quem anda nos nossos aeroportos", afirmou.

O ministro da Administração Interna lembrou que “todos os aeroportos estão a viver momentos de pressão”, incluindo os portugueses. Isso, disse, deve-se ao facto de o movimento turístico nos aeroportos ter vindo a crescer consideravelmente desde o fim da pandemia. “Portugal ultrapassou os níveis do turismo e prevê-se um aumento ainda de 26% este ano”, disse, referindo que para além disso o aeroporto da capital possui um problema de “limitação de espaço” o que provoca “a ideia de que está sempre lotado”.

A par disso, “há a greve” que cria dificuldades acrescidas, motivo pelo qual o ministro voltou a reforçar o seu pedido para que a paralização de inspetores do SEF seja cancelada.

Recorde-se que a greve parcial convocada pelo SIIFF vai decorrer até ao fim do mês de junho nos vários aeroportos e postos de fronteira do país, estando em causa a incerteza quanto ao futuro dos inspetores do SEF depois de o Governo ter aprovado, a 6 de abril, o decreto-lei que estabelece o regime de transição dos trabalhadores do SEF na sequência do processo de reestruturação.

No aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a paralisação decorre entre hoje e segunda-feira das 5h às 10h, estando também marcada para a mesma hora nos dias de 27 a 29 de maio, de 3 a 5 de junho, de 10 a 12 de junho, de 17 a 19 de junho e de 24 a 26 de junho (sempre aos fins de semana e segundas-feiras).

Nos aeroportos do Porto, de Faro e da Madeira e nas restantes unidades orgânicas do SEF a greve está marcada para os dias 22 e 29 de maio e 5, 12, 19 e 26 de junho e terá a duração de 24 horas, porque nestes locais "o impacto em termos de constrangimentos não é tão grande".

Leia Também: Situação no aeroporto "a normalizar" após greve dos inspetores do SEF