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Dois bombeiros de Albufeira e o cão Axe já estão na Turquia para ajudar

As equipas de resgate mantêm-se nos locais mais afetados pelo sismo de segunda-feira esperando encontrar sobreviventes nos escombros.

Dois bombeiros de Albufeira e o cão Axe já estão na Turquia para ajudar
Notícias ao Minuto

21:24 - 08/02/23 por Marta Amorim

País Turquia

Dois elementos da corporação de bombeiros Voluntários de Albufeira e o cão Axe - treinado para procurar pessoas soterradas em situação de catástrofe - juntaram-se, esta quarta-feira, ao grupo espanhol de resgate que já se encontra em Adana, no sudeste da Turquia, muito próximo do epicentro do violento sismo que assolou os povos turco e sírio.

André Cabrita, um dos elementos, já na Turquia, revela ao Notícias ao Minuto que, aquando do sismo e da percepção da gravidade da situação, surgiu um convite dos colegas espanhóis, que foi prontamente aceite. 

André e o colega Cláudio são uma mais valia nesta tragédia, nomeadamente na Turquia, porque estão treinados, há cerca de quatro anos, pelo Método de Arcon, "um sistema de formação e intervenção para equipas de busca canina, altamente eficaz e reconhecido com vários prémios". 

"Aceitei o desafio de um amigo com a autorização do comandante lá fomos para Espanha tirar o curso,  com duração de 200h", revela. 

Ao chegar a Portugal não se contentou com o que havia já aprendido e,  com a "ajuda do comandante", criou uma "área ampla", pelo que agora a corporação de Albufeira é o "centro de formação e de homologação internacional do método Arcon".

A equipa em Portugal é composta neste momento por sete elementos  e dois cães formados.

André e Cláudio chegaram esta quarta-feira a Adana e, no momento em que André falou com o Notícias ao Minuto, aguardavam transporte para Akaran, uma das zonas mais afetadas. 

Com eles têm Axe, um Pastor Belga Malinois "especificamente treinado para detecção de pessoas com vida, totalmente subterradas por escombros". Ali ficarão até sábado e esperam salvar vidas.

"Temos a noção de que vamos ter de lidar com o sofrimento do outro", afirma por fim, augurando dias mais difíceis. 

A Turquia envolveu mais de 60 mil pessoas em missões de resgate e salvamento, mas como as zonas devastadas são muito afastadas entre si torna-se difícil chegar a todos os pontos afetados. 

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan esteve na cidade de Pazarcik, epicentro do sismo, e deve deslocar-se hoje à província de Hatay. 

Na Síria, a situação é considerada muito grave devido ao isolamento das povoações mais afetadas e numa região muito afetada pela guerra que se prolonga desde 2011.

As regiões sírias atingidas pelo sismo situam-se nos últimos redutos da oposição ao regime de Damasco onde operam grupos armados oposicionistas e membros de grupos extremistas islâmicos.  

Na Síria, nas zonas controladas pela oposição encontram-se milhares de civis: refugiados e deslocados internos que vivem em tendas e dependem da ajuda humanitária distribuída pelas organizações não-governamentais. 

Segundo, Adelheid Marschang, responsável pela Organização Mundial de Saúde que se encontra no local mais de 23 milhões de pessoas podem vir a necessitar de ajuda de emergência nas zonas afetadas da Turquia e da Síria. 

Na Turquia, muitas pessoas estão a dormir em carros ou em abrigos montados pelo Governo.

Leia Também: ONG diz que regime sírio continua a atacar rebeldes em zonas afetadas

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