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Queixa-crime por Pedro Calado ter afirmado que PS pagou em troca de votos

O PS/Madeira vai apresentar, na quinta-feira, uma queixa-crime no Ministério Público contra o presidente da Câmara do Funchal, depois de o autarca ter afirmado que os socialistas pagaram a drogados para votarem no PS nas eleições autárquicas de 2021.

Queixa-crime por Pedro Calado ter afirmado que PS pagou em troca de votos
Notícias ao Minuto

16:28 - 01/02/23 por Lusa

País Madeira

Na terça-feira, o Diário de Notícias da Madeira noticiou que o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado (PSD), foi constituído arguido pelo Ministério Público (MP), no âmbito de um processo de difamação movido pela coligação 'Confiança' (liderada pelo PS) devido a acusações proferidas durante a campanha para as eleições autárquicas.

O líder do PS, Sérgio Gonçalves, citado naquele diário, disse que, apesar de Pedro Calado ter sido constituído arguido, voltou a repetir as acusações, numa reportagem publicada no Diário de Notícias nacional em 22 de janeiro, adiantando que iria apresentar uma nova queixa no MP.

"Nas últimas autárquicas, assisti a pessoas do PS a pagarem para pessoas delinquentes e drogados irem votar à boca das urnas no PS", afirmou o presidente da Câmara do Funchal, de coligação PSD/CDS-PP.

Numa informação hoje enviada à agência Lusa, o PS/Madeira precisou que a queixa-crime vai ser entregue no Ministério Público na quinta-feira.

Na nota, Sérgio Gonçalves diz que as acusações de Pedro Calado "são inaceitáveis, não correspondem à verdade" e "são ainda mais graves por serem novamente proferidas pelo próprio, quando este já foi constituído arguido num processo por difamação movido pela Coligação Confiança, devido às afirmações proferidas aquando da campanha para as eleições autárquicas de 2021".

Num artigo publicado hoje, o Diário de Notícias recorda três versões diferentes sobre este processo, transmitidas pelo presidente da Câmara do Funchal.

A autarquia funchalense disse na terça-feira, citada pelo Diário de Notícias da Madeira, que as acusações foram transmitidas "no calor da campanha", justificando, assim, a ausência de queixa contra a coligação Confiança.

Na reportagem de 22 de janeiro, a justificação dada ao Diário de Notícias nacional foi, porém, diferente: "Não fizemos queixa porque ganhámos as eleições com maioria. Não tínhamos de fazer queixa".

O mesmo diário recorda ainda que, em agosto de 2021, antes das autárquicas, Pedro Calado assegurava que denunciou a alegada compra de votos da coligação Confiança nas devidas instâncias.

A agência Lusa contactou a Câmara Municipal do Funchal, que se recusou a fazer comentários, alegando que já tinha prestado declarações a outros órgãos de comunicação social.

"Nem sequer vou dar grande importância ao tema, porque estou muito mais preocupado e focado na resolução dos problemas dos munícipes e da nossa cidade, do que andar a brincar a estes 'casinhos' de constituição de arguidos por difamações e por processos de campanha eleitoral", declarou Pedro Calado, em declarações transmitidas na RTP Madeira, na terça-feira.

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