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"Transformar Mundial em questão política é erro e nós pusemo-nos a jeito"

O ex-ministro Miguel Relvas considerou que há um "excesso" de "turismo institucional" no que diz respeito às idas de representantes portugueses ao Qatar.

"Transformar Mundial em questão política é erro e nós pusemo-nos a jeito"
Notícias ao Minuto

08:29 - 24/11/22 por Teresa Banha

Política Qatar

Miguel Relvas comentou, na quarta-feira, a ida do Presidente da República ao Qatar - e a polémica envolvente -, assim como a reunião entre o vice-primeiro-ministro do país com o embaixador Português, encontro noticiado ontem pela CNN Portugal. "Transformar o Mundial numa questão política é um erro e nós pusemo-nos a jeito", afirmou o antigo secretário-geral do Partido Social Democrata (PSD).

No seu espaço de comentário na mesma estação televisiva, e questionado sobre se estas recentes questões podem ser um problema diplomático, o social-democrata explicou que houve alguma "hipocrisia", já que também no anterior Campeonato do Mundo de Futebol, o país anfitrião, a Rússia, não respeitava os direitos humanos, tal como sublinhou que a China não fazia, referindo-se à realização dos Jogos Olímpicos.

"Se fôssemos por aí, teríamos de tomar as opções entre os jogos e os campeonatos entre países democráticos e não democráticos, países em que a liberdade, direito de expressão e de movimento é respeitado", sublinhou, notando que o que se passa atualmente é uma situação diferente.

"Aqui há um excesso de, entre aspas, turismo institucional. Portugal põe-se numa fila e vai o Presidente da República, vai o primeiro-ministro, vai o presidente da Assembleia", enumerou, rematando: "Com uma fobia anunciada antes de tempo".

Porque será que o vice-primeiro-ministro do Qatar chama o embaixador português e não chama o embaixador inglês, em que o jogador se pôs de joelhos? Ou o embaixador alemão, em que os jogadores tapam a boca.

Por sermos um país pequeno ou por sermos um país voluntarioso em que todos demonstram que querem estar presentes?

Recordando a altura em que era ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em 2012, no governo de Passos Coelho, o comentador defendeu que se "justifica que quem tem responsabilidades vá depois de uma primeira fase" do campeonato.

Considerando que o Mundial'2022 está a ser "fantástico do ponto de vista futebolístico", dadas as vitórias dos "pequenos" frente aos "grandes" - como foi o caso do 2-1 do Japão contra a Alemanha, ou da derrota da Argentina face à Arábia Saudita -, o antigo dirigente do PSD explicou que "não vale a pena vir com o discurso de que é fundamental" que o chefe de Estado esteja presente nesta fase do campeonato.

"Isso não significa maior empenho do país porque os maiores apoiantes da seleção portuguesa são os portugueses que estão em Portugal, que não se deslocam", rematou.

Leia Também: Portugal-Gana: Hora de contrariar a história e começar com o pé direito

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