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Fogos? Ex-autarca diz que "única coisa positiva foi não haver mortes"

O presidente da Câmara de Castelo de Paiva à época do grande incêndio que em 2017 destruiu 60 por cento da floresta local disse hoje que a única coisa positiva "daquela noite" foi não ter havido vítimas mortais".

Fogos? Ex-autarca diz que "única coisa positiva foi não haver mortes"
Notícias ao Minuto

10:14 - 13/10/22 por Lusa

País Castelo de Paiva

"Por uma grande sorte, e esse é do dado positivo dessa noite, felizmente não houve nenhuma vítima mortal no concelho", comentou Gonçalo Rocha, em declarações à agência Lusa, enquanto recordava ter sido a "noite mais difícil" que teve enquanto presidente da câmara.

"Foram horas de grande preocupação e até de aflição", exclamou, recordando que o incêndio "tomou proporções que não foi possível controlar".

Em Castelo de Paiva, no norte do distrito de Aveiro, o incêndio dos dias 15 e 16 de outubro de 2017 deixou desalojadas 15 famílias, cujas habitações ficaram destruídas, e danificou várias empresas.

O então autarca passou a noite no terreno, recordando hoje, à Lusa, que o incêndio "tinha projeções enormes, que atingiam distâncias muito significativas e os meios de combate eram escassos, porque havia outros incêndios no Norte e centro do país".

"Em poucas horas, consumiu grande parte do território, provocando avultados prejuízos", acrescentou.

Gonçalo Rocha (PS) tinha sido eleito algumas semanas antes para o seu terceiro e último mandato, que viria ser marcado pelo trabalho de reconstrução.

Da tarefa realizada até ao final da sua gestão, em outubro de 2021, diz fazer um balanço positivo, admitindo, porém, "alguma frustração", por não ter sido possível resolver todas as situações que decorreram do incêndio, tanto de particulares, como de empresas.

Do lado do apoio à reconstrução das casas, recorda que nem todas foram apoiadas, porque os apoios só abrangeram os casos de primeira habitação, cerca de uma dezena de fogos.

"Grande parte das casas destruídas não foi considerada de primeira habitação. Criou-se alguma frustração por isso, na altura", lamentou.

Do lado das empresas, houve várias que não foram apoiadas, lamentou também.

"Nas empresas, houve algumas dificuldades com o programa Repor. Infelizmente, em alguns casos, não conseguimos dar o seguimento que todos queríamos", pontuou.

Contudo, houve outros programas que ajudaram nos apoios aos agricultores, às infraestruturas municipais e nas pequenas empresas, nomeadamente do setor turístico.

O ex-autarca estima que os apoios, nesse domínio privado, tenham chegado aos 12 milhões de euros.

"Julgo que, olhando para trás, [esse processo] deu-nos imenso trabalho, mas tivemos mecanismos importantes que ajudaram bastante o concelho de castelo de Paiva", disse, concluindo: "Foram muitos os milhões no setor privado e no setor público, mas fica esse travo de alguma frustração, por nem todas as situações se ter conseguido resolver".

Leia Também: Autarca de Castelo de Paiva diz que apoios ficaram aquém das expetativas

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