São Francisco Xavier: Reunião entre médicos e administração sem acordo
Médicos da urgência do São Francisco Xavier ameaçam demissão em bloco.
© Filipa Matias Pereira | Notícias ao Minuto
País Saúde
A reunião entre os chefes de equipa do serviço de urgência do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa e o Conselho de Administração daquela unidade hospitalar terminou, esta sexta-feira, sem acordo, avança a SIC.
Sublinhe-se que o encontro decorreu depois de os profissionais de saúde apresentarem a demissão em bloco por considerarem que não estão garantidas as condições de assistência aos utentes no mês de agosto.
Numa carta enviada por um grupo de assistentes hospitalares de medicina interna, a que a Lusa teve acesso, os profissionais explicavam que está em causa o planeamento da escala do mês de agosto, que prevê que a constituição das equipas do serviço de urgência geral (SUG) seja assegurada apenas por um assistente hospitalar (com função de chefia) e um interno de formação geral.
O documento foi enviado esta sexta-feira ao Conselho de Administração e à Direção do Serviço de Urgência Geral do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.
"Não estarão garantidas a capacidade de assistência e cuidados às pessoas que recorrem ao SUG do CHLO nem a segurança destas e dos profissionais que as assistem. Nesse sentido, concretizando-se este planeamento e a constituição das equipas nele proposta, o grupo apresentará a sua demissão em bloco da função de chefia do SUG, a aplicar a partir do mês de agosto", pode ler-se na carta.
Os profissionais de saúde manifestaram "profundo desagrado e indignação" relativamente a esta situação, lembrando que "a crise que vive o SUG é antiga e tem-se vindo a agravar progressivamente". Desta forma, exigem uma "mudança radical e urgente" da Direção do Serviço de Urgência (DSU) e do Conselho de Administração do CHLO.
"Consideramos esta composição das equipas imposta pela DSU imensamente desadequada, não só perante a afluência diária de utentes ao SU [serviço de urgência], mas também pela necessidade mantida de repartição da equipa médica em dois circuitos (doentes com queixas respiratórias e não respiratórias). A composição proposta tem, ainda, implicações diretas e significativas na formação médica geral e especializada, que fica assim posta em causa", referem.
A carta foi assinada por 19 profissionais.
[Notícia atualizada às 16h00]
Leia Também: Chefes do serviço de urgência do S. Francisco Xavier demitem-se em bloco
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com