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Jorge Silva Melo: Costa salienta renovação do teatro no pós-25 de Abril

O primeiro-ministro considerou hoje que a morte do ator e encenador Jorge Silva Melo constitui "uma tristeza enorme" e salientou o contributo que deu para a renovação do teatro português após o 25 de Abril de 1974.

Jorge Silva Melo: Costa salienta renovação do teatro no pós-25 de Abril
Notícias ao Minuto

01:49 - 15/03/22 por Lusa

País Jorge Silva Melo

Tradutor, dramaturgo, crítico de teatro e cineasta, Jorge Silva Melo morreu na noite de segunda-feira, aos 73 anos, no Hospital da Luz, em Lisboa, vítima de doença oncológica, como comunicou a companhia Artistas Unidos, que dirigia.

Numa mensagem que publicou na sua conta na rede social Twitter, António Costa escreveu que "a intervenção artística de Jorge Silva Melo foi pautada por um espírito jovem".

"Fez parte da geração que renovou o teatro português no pós-25 de Abril, apostou permanentemente em jovens atores, revelou e pôs em cena autores contemporâneos", observou.

O primeiro-ministro frisou depois que a morte de Jorge Silva Melo "deixa uma tristeza enorme".

Também na rede social Twitter, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou a morte de Jorge Silva Melo, sublinhando a dedicação de uma vida ao teatro e ao cinema.

"Serviu a liberdade, dedicou toda a sua energia ao teatro e ao cinema, viveu sempre sob o lema do amor e do respeito pelo outro", referiu a ministra da Cultura.

Nascido em Lisboa, a 07 de agosto de 1948, Silva Melo fundou e dirigiu, com Luís Miguel Cintra, o Teatro da Cornucópia (1973/79), e fundou em 1995 a companhia Artistas Unidos, de que era diretor artístico.

Estudou na London Film School, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, e estagiou em Berlim junto do encenador Peter Stein, e em Milão com Giorgio Strehler.

Foi autor das peças 'Seis Rapazes Três Raparigas', 'O Fim ou Tende Misericórdia de Nós', 'Prometeu' e 'O Navio dos Negros', entre outras.

No cinema, realizou longas-metragens como 'Agosto, 'Coitado do Jorge', 'Ninguém Duas Vezes' e 'António, Um Rapaz de Lisboa', além de documentários sobre arte e a vida de artistas plásticos, como Nikias Skapinakis, Fernando Lemos e Ângelo de Sousa.

Traduziu obras de Carlo Goldoni, Luigi Pirandello, Oscar Wilde, Bertolt Brecht, Georg Büchner, Lovecraft, Michelangelo Antonioni, Pier Paolo Pasolini, Heiner Müller e Harold Pinter.

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