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Parlamento da Madeira solidário com mulheres ucranianas e russas

A Assembleia da Madeira manifestou hoje solidariedade para com as mulheres ucranianas em combate ou em fuga e para com as russas que têm maridos e filhos na linha da frente na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia.

Parlamento da Madeira solidário com mulheres ucranianas e russas
Notícias ao Minuto

14:16 - 08/03/22 por Lusa

País Ucrânia

A solidariedade foi manifestada pelo presidente do parlamento madeirense, o centrista José Manuel Rodrigues, no início do plenário, recordando que hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher.

O responsável declarou que esta solidariedade era também para com "todas as mulheres que na Ucrânia estão no combate, as que fogem e as russas que veem seus maridos e filhos partir para a linha da frente de uma guerra que não desejaram".

Na sessão de hoje, os deputados madeirenses debateram três votos, dois de congratulação e um de saudação pelo Dia Internacional da Mulher da autoria do PCP, CDS-PP e PS.

Pelo PS, a deputada Elisa Seixas também mencionou as mulheres que "enfrentam guerras" e as "russas que têm tido a coragem de desafiar Putin".

A parlamentar socialista salientou que "a igualdade entre homens e mulheres é um processo por concluir", apontando que a Assembleia da Madeira "é a única que ainda não adotou a paridade".

Pelo PCP, o deputado único Ricardo Lume considerou que "é necessário congratular o Dia Internacional da Mulher e assumir o compromisso e empenho na luta pela igualdade não só na lei, mas também na vida".

Referindo que a celebração deste dia remonta a 1911, lembrou que, "passados 110 anos, as discriminações continuam a fazer parte do dia a dia das mulheres" e defendeu ser necessário introduzir medidas para promover a igualdade.

A deputada Ana Cristina Monteiro, do CDS-PP, falou igualmente das mulheres "ucranianas e russas, a lutar na linha da frente ou que veem filhos e maridos ir para a linha da frente", e vincou que "ainda há muito por fazer" para promover a igualdade entre homens e mulheres.

Pelo JPP, Rafael Nunes destacou os "impactos dos conflitos armados", no âmbito dos quais muitas mulheres acabam "vítimas de exploração e a serem lançadas na prostituição", como aconteceu na Jugoslávia, e apontou que "as desigualdades de género têm aumentado de forma catastrófica".

A deputada da maioria parlamentar do PSD Clara Tiago destacou as "importantes conquistas de muitas gerações de mulheres", embora reconhecendo ser necessário prosseguir a luta contra "as desigualdades de género" que é "uma tarefa inacabada".

Os trabalhos do plenário foram depois conduzidos por uma mesa constituída integralmente por mulheres.

Em debate esteve um projeto de resolução do PCP que recomenda ao executivo madeirense de coligação PSD/CDS-PP a "redução gradual e desincentivo à plantação do eucalipto" na região.

O comunista Ricardo Lume salientou os problemas da proliferação desta espécie nos últimos 40 anos, o que prejudica a biodiversidade das florestas e potencia o "flagelo dos fogos florestais".

Nesta iniciativa, recomenda ao Governo Regional "a definição, aprovação e implementação de um plano regional para a gradual redução de eucaliptos e de outras espécies invasoras", "um quadro de medidas de incentivo à não plantação", visando, entre outros aspetos, "garantir que principalmente nas zonas protegidas não exista proliferação".

O deputado do PSD Rui Marques assegurou que "foi implementada uma política florestal consistente e ajustada a esta região", recordando que o Plano Regional de Ordenamento Florestal (Proferam), aprovado em 2015, foi baseado em estudos e levantamentos técnicos efetuados.

Para o social-democrata, a proposta do PCP é "despropositada porque já existem instrumentos legais" nesta matéria e "revela que a oposição está completamente a leste da realidade regional", porque estão implementadas "medidas claras para impedir a proliferação do eucalipto" e de outras espécies invasoras.

Entre outras medidas implementadas em vigor, enunciou que foram plantadas 380 mil árvores, 90 hectares em diferentes locais da região foram intervencionados e está em curso um projeto de recuperação no planalto do Paul da Serra que inclui a plantação de 55 mil árvores.

As iniciativas legislativas vão ser votadas no plenário de quinta-feira.

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