Homicída confesso volta atrás e diz que não levou Maëlys de propósito
Nordahl Lelandais recuou na versão que apresentou em tribunal na passada sexta-feira, admitindo agora que não tinha entendido o termo "sequestro". O suspeito reconhece, ainda assim, que foi ele quem desferiu os golpes que causaram a morte da menina lusodescendente.

© Reprodução Facebook

País Maëlys de Araújo
Nordahl Lelandais afimou esta terça-feira que não sequestrou de forma "voluntária" Maëlys de Araújo, recuando assim face à versão que tinha apresentado na semana passada no tribunal de Grenoble, onde está a ser julgado pela morte da menina lusodescendente de oito anos, durante uma festa de casamento no sudeste de França, em 2017.
Na sexta-feira, o homem de 38 anos admitiu ter sequestrado e matado Maëlys. Hoje, garantiu que não retirou a criança da festa "de propósito".
Questionado pelo presidente do tribunal sobre as suas declarações na sexta-feira, Nordahl Lelandais indicou que durante a sua "confissão", não tinha entendido o termo "sequestro".
O arguido afastou ainda a ideia de que levou a menina com intenção de a matar.
"Ela entrou no meu carro para ver os meus cães. Agora entendo que é um sequestro, mas eu não a sequestrei de propósito. Ia buscar cocaína e ela queria ver os meus cães", insistiu o suspeito.
Apesar deste recuo, Nordahl Lelandais manteve a versão de que foi ele quem desferiu os golpes que causaram a morte de Maëlys.
Questionado por um psiquiatra sobre as motivações do homicídio, Nordahl disse ter visto na menina o "rosto de Arthur Noyer", a jovem de 23 anos pela morte da qual o francês já foi condenado.
Mas, para o especialista, estas alucinações evocadas por Lelandais são "uma invenção".
Recorde-se que o julgamento está agora na última semana. A sentença deverá ser conhecida na sexta-feira, dia 18.
A morte de Maëlys de Araújo chocou a França em agosto de 2017, já que a menina desapareceu de uma festa de casamento familiar, na cidade de Pont-de-Beauvoisin, onde estariam cerca de 200 convidados. Passados alguns dias, Nordahl Lelandais foi acusado de sequestro.
Só em 2018 é que o arguido confessou o crime, conduzindo as autoridades ao local onde tinha abandonado o corpo da menina.
Durante as investigações, Nordahl Lelandais começou a ser investigado por outros homicídios e desaparecimentos à sua volta, assim como acusações de pornografia infantil e abuso sexual de menores.
Em maio de 2021, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do jovem de 23 anos Arthur Noye, que aconteceu em abril de 2017.
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