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RCA: 10.ª Força Nacional Destacada recebeu Estandarte Nacional

A 10.ª Força Nacional Destacada para a República Centro-Africana, composta por 180 militares, recebeu hoje o Estandarte Nacional, prevendo-se que esteja presente no teatro de operações a partir de 15 de novembro.

RCA: 10.ª Força Nacional Destacada recebeu Estandarte Nacional
Notícias ao Minuto

14:41 - 30/09/21 por Lusa

País República Centro-Africana

Numa cerimónia no Regimento de Comandos, em Sintra, onde marcaram presença os 180 militares, assim como alguns dos seus familiares, o secretário de Estado adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, reconheceu que a missão da 10.ª Força Nacional Destacada vai ser "exigente" e dependerá "muitas vezes" do "esforço e sacrifício" dos militares que a compõem.

No entanto, o secretário de Estado mostrou-se seguro de que, devido "à coragem, determinação e sentido de missão que caracteriza os militares portugueses", a 10.ª Força Nacional Destacada, que irá integrar a missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA), irá dar "um enorme contributo para a promoção de um mundo mais seguro".

Jorge Seguro Sanches relembrou que a "segurança e a estabilidade europeia também se constroem na República Centro-Africana" e afirmou que, ao empenhar-se na estabilidade daquele país, Portugal está a "contribuir para a paz".

"Queremos continuar a ter na República Centro-Africana um parceiro de diálogo capaz de produzir segurança na importante região em que se insere. Para atingir este objetivo, é-nos exigido um empenho duradouro, mas sustentado, na consolidação do frágil processo de paz, em articulação com as Nações Unidas e as organizações africanas, e mobilizando a vontade e a disponibilidade dos nossos parceiros da União Europeia (UE)", salientou.

Intervindo pouco tempo antes, o comandante da 10.ª Força Nacional Destacada, o tenente-coronel Jorge Pereira, afirmou que, após seis meses de treino -- o último exercício, intitulado "Bangui 212", terminou na última sexta-feira --, os militares encontram-se agora preparados "adequadamente" para a "difícil missão" na República Centro-Africana, que irá durar seis meses.

"Com esta preparação, prontidão e esta vontade de cumprir, posso exprimir em nome de todos os que integram esta Força Nacional Destacada que tudo faremos para acrescentar honra e lustra aos já insígnios pergaminhos do Exército português naquele país e nas Nações Unidas. Como soldados de Portugal, procuraremos com humanismo, junto das populações e das forças amigas, elevar bem alto o nome do Exército", referiu.

Poucos minutos antes de ser outorgado o Estandarte Nacional à 10.ª Força Nacional Destacada -- no qual se podia ler o verso camoniano "Esta é a ditosa pátria minha amada" --, o chefe de Estado-Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca, realçou que o estandarte é "um dos mais representativos e perenes símbolos da pátria".

"A outorga do mesmo a uma força militar representa um atestado de confiança a todos militares que a constituem para o exercício das responsabilidades que a nação lhes comete. Significa também o momento de exortação aos valores militares, nomeadamente à abnegação, coesão, honra e sentido do dever que todo o soldado deve cultivar e ampliar", ressalvou.

Comprometendo-se a "guardar e honrar até aos limites" das capacidades o Estandarte Nacional que lhe foi outorgado, o comandante da força reiterou que os 180 militares irão defender "os interesses nacionais de Portugal" e, "com solidariedade", "promover a paz".

A 10.ª Força Nacional Destacada para a República Centro-Africana é composta por 169 homens e 11 mulheres, sendo que, a maior parte -- 91 -, são militares do Regimento de Comandos, incluindo-se também três da Força Aérea.

Numa primeira fase, em final de outubro, será enviado para a República Centro-Africana um destacamento avançado da força -- que incluirá o comandante da missão -- sendo que, a 15 de novembro, prevê-se que a totalidade dos 180 militares já se se encontrem no teatro de operações.

Atualmente, de acordo com dados disponibilizados pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas na sua página oficial, estão empenhados na RCA 188 militares portugueses no âmbito da MINUSCA e 45 meios. Também na RCA, mas no âmbito da missão de treino da União Europeia (EUTM-RCA), estão atualmente empenhados 20 militares.

A MINUSCA tem como objetivos "apoiar a comunidade internacional na reforma do setor de segurança do Estado, contribuindo para a segurança e estabilização" da República Centro-Africana, informa ainda o EMGFA.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

Desde então, o território centro-africano tem sido palco de confrontos comunitários entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas.

Leia Também: 180 militares portugueses partem em missão para a RCA em outubro

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