Portugal: Vagas de calor causaram 284 mortes em excesso em poucos dias

Os 284 óbitos em excesso verificaram-se entre 28 de junho e os primeiros dias de julho (mais de 70% das mortes ocorreu no grupo etário com 85 ou mais anos).

Oito distritos do continente sob aviso laranja devido ao tempo quente

© Lusa

João Moura Lacerda
07/07/2025 13:02 ‧ há 4 horas por João Moura Lacerda

País

Onda de calor

Portugal continental registou 284 óbitos por excesso durante o período de alerta de tempo quente, iniciado a 28 de junho, maioritariamente entre pessoas com 85 ou mais anos, revelou hoje à Lusa a Direção-Geral da Saúde (DGS).

 

De acordo com dados preliminares da DGS, os 284 óbitos em excesso verificaram-se entre 28 de junho e os primeiros dias de julho e mais de 70% do excesso de mortalidade ocorreu no grupo etário com 85 ou mais anos.

A DGS indica também que não se verificou excesso de mortalidade abaixo dos 70 anos.

Na atualização de hoje, o índice Ícaro (que estima o impacto das temperaturas do ar na mortalidade) indica que não se "prevê um impacto significativo da temperatura na mortalidade" para os próximos três dias, "com exceção da região do Alentejo, sendo por isso possível que ocorra uma ligeira revisão em alta dos valores de excesso de mortalidade".

A DGS, no entanto, referiu que o impacto deste episódio de tempo quente na mortalidade em excesso foi semelhante ao observado nos últimos dois anos.

Em 2024, entre 22 de julho e 4 de agosto, foram registadas 715 mortes em excesso, correspondendo a um excesso relativo de mais 19% face ao esperado.

No ano anterior, de 21 a 27 de agosto de 2023, contabilizaram-se 384 óbitos em excesso, um excesso relativo de mais 20% face ao esperado.

Antevendo a onda de calor que viria a registar-se, a Direção-Geral de Saúde, de acordo com as informações mais atualizadas do IPMA e dos restantes parceiros, emitiu a 25 de junho de 2025, nas suas diferentes plataformas, várias recomendações à população de proteção contra o calor.

A DGS refere que irá manter uma monitorização regular da situação, atualizando a informação sempre que necessário.

Cerca de um terço das 90 estações meteorológicas de Portugal continental ultrapassaram ou igualaram, no último fim de semana de junho, os seus anteriores máximos históricos de temperatura máxima para o mês, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A partir do dia 27 de junho verificou-se uma onda de calor que se prolongou até aos primeiros dias de julho. No mês de junho, Portugal continental registou duas ondas de calor, tendo a primeira sido assinalada, entre 15 e 20 de junho, em 12 estações.

O dia 29 foi o mais quente do mês com um valor médio de temperatura máxima de 38,5°C (desvio em relação à média mensal de +11,8°C) e um valor médio de temperatura mínima de 28,7°C (desvio em relação à média mensal de +8,4°C).

Leia Também: Calor? Há sete distritos sob aviso amarelo até terça-feira

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