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Associações de pais de Coimbra divididas sobre fecho ou não das escolas

Associações de pais de escolas de Coimbra mostram-se divididas e sem certezas sobre a necessidade de encerrar ou não os estabelecimentos, admitindo que há benefícios mas também riscos na decisão de voltar ao ensino à distância.

Associações de pais de Coimbra divididas sobre fecho ou não das escolas
Notícias ao Minuto

16:33 - 19/01/21 por Lusa

País Covid-19

"São muitos elementos em análise e há sentimentos ambíguos", disse à agência Lusa a presidente da Associação de Pais da Escola Básica da Solum, Alexandra Rodrigues, salientando que a decisão não é fácil por envolver "muitas variáveis".

De um lado da balança estará a redução de movimentos das pessoas e uma menor exposição à pandemia, mas do outro estarão questões igualmente importantes, como o papel social da escola que se perde ou as dificuldades sentidas no ensino à distância, especialmente nas crianças mais novas, nota.

"Na primeira vaga, deu para perceber bem a importância dos professores para as nossas crianças. Para as crianças, ficarem em casa não será bom, mas obviamente que, para qualquer decisão que tenha de ser tomada, têm de ser pensados os riscos e os benefícios", salienta Alexandra Rodrigues, não tendo certezas sobre o que será melhor neste momento.

Já a presidente da Associação de Pais da Escola Básica Solum Sul, Sandra Vasconcelos, considera que "o Governo faz bem" em não fechar as escolas, "para já", sublinha.

A responsável considera que seria muito complicado fechar todas as escolas, especialmente nos níveis de ensino mais baixos, referindo que seria mais fácil encerrar o ensino secundário e superior, por serem estudantes com maior autonomia.

"Do ponto de vista das evidências que temos desde o início deste período letivo é que é uma questão de tempo até as escolas terem que encerrar", afirmou à Lusa o presidente da Associação de Pais da Escola de 2.º e 3.º Ciclos Eugénio de Castro, Bruno Lopes, realçando que não há condições técnicas para dar aulas quando uma turma ou alguns alunos são obrigados a confinar por causa da covid-19.

Segundo o encarregado de educação, a "tão anunciada transição digital pelo Ministério desde o início do ano" ainda não aconteceu, havendo poucas condições para manter um "regime misto", quando há turmas em isolamento.

"Este sistema híbrido é bem mais complicado de se executar", constata.

A presidente da Associação de Pais da Escola Básica de São Silvestre, Ana Sofia Tavares, defende que se deve começar "a ponderar o fecho", devido à situação pandémica, considerando que esse encerramento deveria acontecer, pelo menos, "a partir do 3.º ciclo ou secundário".

Já o representante dos pais na Escola Quinta das Flores, Paulo Vaz, considera que, "do ponto de vista das crianças, a escola deve continuar aberta", sendo que só deve fechar "numa situação limite".

"Como pais, pensamos que as escolas devem continuar abertas, mas se houver indicação de que os centros de contágio são dentro das escolas estamos abertos a alterar a nossa posição e a estudar-se uma situação híbrida ou até o encerramento das escolas", aclara.

Para Paulo Vaz, "é importantíssimo os alunos poderem ir à escola", não apenas por questões de aprendizagem mas também pelo papel social que a escola assume.

"Há crianças em que a única refeição que têm - e até me custa dizer isto, mas é verdade - é a que têm na escola", frisa.

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