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Pirotécnicos acusam Governo de ignorar setor ao ficarem de fora de apoios

A Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos (ANEPE) acusou hoje o Governo de "ignorar" o setor da pirotecnia, ao deixá-lo de fora dos novos apoios aos setores mais afetados pela pandemia, admitindo partir para novas formas de luta.

Pirotécnicos acusam Governo de ignorar setor ao ficarem de fora de apoios
Notícias ao Minuto

13:15 - 25/11/20 por Lusa

País Covid-19

"Inexplicavelmente, o setor da pirotecnia nacional foi mais uma vez esquecido, tal como o tem sido inúmeras vezes por este Governo", refere a ANEPE em comunicado, numa referência à portaria n.º 271-A/2020, publicada na terça-feira para regulamentar o programa Apoiar.pt, e que não contempla o setor da fabricação de explosivos e artigos de pirotecnia na lista de CAE (Código de Atividade Económica) abrangidos pelos apoios.

Segundo sustenta, "o menosprezo, incompreensão e negligência ao setor da pirotecnia por parte do Governo, corroborado por esta incompreensível preterição, causou uma onda de indignação, descontentamento e desmoralização das empresas pirotécnicas, que se sentem completamente esquecidas, equacionando agora partir para outro tipo de atos reivindicativos".

Conforme explica a ANEPE, a grande maioria das empresas do setor tem como CAE o código 20510 - Fabricação de explosivos e artigos de pirotecnia, sendo que "esta inclusão na secção C, referente às indústrias transformadoras, leva a que muitas vezes fique esquecida a inegável classificação artística e cultural do setor".

"Ciente deste facto, a ANEPE atempadamente alertou o Ministério da Economia quando o programa de apoio foi anunciado, no sentido de precaver um eventual 'esquecimento'", refere, lamentando a "incompreensível preterição" a que foi, mesmo assim, sujeito.

De acordo com a associação, "as empresas do setor, muitas delas centenárias, atravessam o período mais difícil da sua história": "Já fragilizadas pela constante e injusta correlação com os incêndios florestais, soma-se agora um ano de 2020 de estagnação completa de atividade", refere.

"O setor da pirotecnia quer recuperar e continuar a iluminar as celebrações nacionais, mas para tal não pode ficar de fora de apoios destinados aos setores culturais, quando é um inegável e indiscutível elemento do património cultural português", sustenta.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) citados pela ANEPE, o CAE 20510- Fabricação de explosivos e artigos de pirotecnia representa um volume de negócios superior a 40 milhões de euros, sendo "uma parte muito significativa do mesmo relacionada com o fornecimento de serviços para eventos".

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.397.322 mortos resultantes de mais de 59,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 4.056 pessoas dos 268.721 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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