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Processo de associação contra Recivalongo avança no fim do mês

A Associação Jornada Principal (AJP) vai avançar no final do mês com a ação em tribunal a pedir a nulidade das licenças do aterro da Recivalongo, em Valongo, disse hoje à Lusa a presidente da instituição Marisol Marques.

Processo de associação contra Recivalongo avança no fim do mês
Notícias ao Minuto

21:00 - 11/09/20 por Lusa

País Ambiente

Em declarações no âmbito da vigília contra o aterro de Sobrado, marcada hoje naquela freguesia de Valongo, a líder da associação ambientalista confirmou a intenção divulgada no final de junho após uma reunião no Ministério do Ambiente com a secretária de Estado Inês Costa.

"Vamos avançar com uma ação no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel até ao final do mês para pedir a nulidade das licenças urbanísticas e, dessa forma, fechar o aterro", afirmou Marisol Marques sobre mais uma tentativa para acabar com a operação da Recivalongo que desde 2019 classificam de "atentado ambiental".

Sobre a vigília no Largo do Passal, Marisol Marques disse conter vários objetivos, entre a afirmação de uma posição perante as autoridades e a sensibilização à população.

"Queremos continuar a fazer sentir às autoridades competentes, nomeadamente ao Ministro do Ambiente, que os sobradenses não vão baixar os braços enquanto não virem o aterro encerrado", reiterou a responsável que aposta, com esta concentração, chegar ao máximo de pessoas possível.

Justificando com o facto de se tratar de um "meio rural, onde nem todas as pessoas têm acesso às tecnologias", Marisol Marques quer aproveitar a vigília para "explicar a todos o trabalho que têm vindo a fazer e o processo de constituição do aterro" que, frisou, "continua a deixar nauseabundo o ar que respiram em Sobrado e a poluir à agua com o vazamento dos lixiviados".

"Vamos também continuar a fazer pressão acerca das toneladas de amianto que estão no aterro, não obstante termos tido conhecimento esta semana que será encaminhado para o aterro na Chamusca, mas preocupa-nos esse amianto misturado com resíduos biodegradáveis que aqui continua a acontecer", disse.

A operação da Recivalongo foi iniciada em 2007 para depósito de resíduos de obras, mas, segundo a AJP, evoluiu ao longo dos anos para "mais de 400 licenças" para tratamento de resíduos, entre eles "o amianto".

No final de 2019 foi criada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte uma Comissão de Acompanhamento para avaliar a operação da Recivalongo, cujas conclusões desagradaram à AJP e ao município de Valongo.

Em maio e junho o tema chegou ao parlamento com audições na comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.

Também em junho, a Recivalongo afirmou-se disponível para criar uma nova célula no aterro para deposito exclusivo de amianto, adequando-se à legislação europeia, respondendo, na altura, às preocupações manifestadas pelo presidente do PSD, Rui Rio, durante a visita à envolvente do aterro.

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