Em declarações à Lusa, Daniel Soares lamentou que, até hoje, a autoridade de saúde não tenha ainda dado indicações sobre os preparativos e a data da reabertura dos parques de diversões, ao contrário do que já fez com os parques aquáticos.
"Fomos esquecidos", lamentou, alertando para as consequências económicas a sociais da situação, começando pela sobrevivência de empresa.
O administrador explicou que até ao momento já se perderam cerca de 700 mil euros de receitas, recordando que, de abril a junho, o parque é visitado por cerca de 70 mil crianças das atividades de tempos livres e colónias de férias.
Com a pandemia, perderam-se também as receitas geradas pela visita de milhares de turistas espanhóis, por altura da Páscoa.
O parque conta com 12 trabalhadores efetivos, mas em pleno funcionamento, de abril a setembro, precisa de 70. Neste momento, disse Daniel Soares, a empresa não sabe o que fazer, nomeadamente se deve ou não contratar os colaboradores necessários para assegurar o funcionamento na época alta.
Em 2019, a empresa faturou 1,5 milhões de euros, tendo registado um crescimento nas receitas e no número de visitantes. Para 2020, disse, os contratos apontavam para novo crescimento.
No inverno, prosseguiu, foram feitos investimentos para melhorar o parque e mais recentemente adquiridos equipamentos para garantir condições de segurança acrescidas no contexto da pandemia.
Num comunicado da empresa enviado hoje à Lusa, refere-se que o presidente da Câmara de Penafiel já se reuniu com a administração do parque de diversões, mostrando-se "surpreendido com a alegada falta de normas e orientações".
Antonino Sousa considera que aquela situação constitui "um contrassenso quando se fala em apostar, este ano, tudo no turismo interno".
"Não se compreende que haja legislação em curso para determinados espaços de diversão e turísticos e outros sejam completamente esquecidos. A não abertura da Magikland representa sérios problemas e prejuízos para a economia local. Esta situação tem de ser rapidamente resolvida", reforçou o autarca, citado no comunicado.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 445 mil mortos e infetou mais de 8,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.523 pessoas das 37.672 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.