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“Jurei dar a vida pela pátria, mas não jurei dar a vida por gente burra"

Chefe da PSP revoltado com “cafezinhos” e pedidos de "férias" durante o Estado de Emergência.

“Jurei dar a vida pela pátria, mas não jurei dar a vida por gente burra"

João Araújo é chefe da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nos Açores, e, no passado domingo, partilhou a sua revolta nas redes sociais com os “cafezinhos” e passeios “ao cão, gato e periquito” que algumas pessoas continuam a fazer mesmo com o Estado de Emergência declarado, devido à pandemia da Covid-19.

“Verdade que fiz um juramento de bandeira, onde jurei dar a vida pela pátria, mas não jurei dar a minha vida por Gente Burra do meu país, também não jurei dar a vida por uma dúzia de imbecis que querem os aeroportos abertos para irem gozar férias”, começou por escrever João Araújo, para de seguida justificar a sua revolta.

É preciso não ter vergonha nenhuma, enquanto existem gente a trabalhar na linha da frente, 12 e mais horas por dia, arriscando as suas vidas, sem terem feito tal juramento, esses imbecis querem férias”, disse.

Na mesma publicação, o polícia salientou que o Governo dos Açores está a investir dinheiro para que alguns hotéis da região recebam pessoas em quarentena profilática, com alojamento e comida incluída, de forma a que nada falte a estes cidadãos e para evitar o aumento de casos do novo coronavírus no arquipélago. Contudo, nem todos estão a cumprir esta medida.

“Também não passei qualquer procuração para o Governo [Regional] arrendar unidades hoteleiras, com o dinheiro dos meus impostos, para os papais furarem as determinações, indo entregar máquinas de café aos meninos que estão de quarentena profiláticos naquelas unidades hoteleiras, nunca esquecendo que são hotéis que ontem custava caro dormir lá”, denunciou.

E João Araújo não termina por aqui. Denunciou ainda que há pessoas que “a toda a força querem vender cafézinhos pelas portas traseiras” e que estão a passear o “cão, gato, periquito”.

Por fim, o polícia deixa uma mensagem aos que continuam a querer tirar férias numa altura como esta: “Tenham vergonha e respeito por quem trabalha, os profissionais que estão na linha da frente não querem palmas, querem e exigem respeito, porque também têm famílias, e querem, como eu quero, chegar a casa e poderem abraçar e beijá-las. Aos imbecis para nunca se esquecerem, se um dia os guerreiros da linha da frente se cansarem e abandonarem, aí sim vai haver muitas férias”.

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