Covid-19: Metade dos portugueses com sintomas desrespeita a quarentena
A conclusão é de um estudo da DECO que revela que 77% da população não contactou os serviços de saúde apesar de ter tido sintomas suspeitos e semelhantes aos da Covid-19.
© Global Imagens
País DECO
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) divulgou, esta quinta-feira, os resultados de um inquérito levado a cabo junto da população portuguesa, e conclui que a larga maioria dos cidadãos não cumpre à regra as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS) no que diz respeito à pandemia de Covid-19.
Do inquérito, realizado entre 18 e 20 de março e e que contemplou um total de 1002 respostas, conclui-se que apesar de 9% dos portugueses admitir ter tido, pelo menos, um dos sintomas caraterísticos da infeção pelo novo coronavírus nos últimos 15 dias, "77% não contactaram os serviços de saúde e metade revelou não cumprir quarentena".
Aliás, neste período de tempo, apenas 12% da amostra permaneceu em casa após o surgimento destes sinais. Só 13% dos inquiridos disseram ter seguido as instruções e ligado para a SNS 24, ao passo que 7% optou por dirigir-se diretamente às urgências - o que, recorde-se, é de evitar segundo as recomendações da DGS.
Ainda assim, 68% garantiram estar a cumprir à risca as recomendações relativas à permanência em casa, destacando-se as mulheres que são mais respeitadoras do que os homens.
Em Lisboa, parece haver um pouco mais de observância pelas normas em vigor do que no Porto: "74% dos lisboetas seguem-nas à risca contra 67% dos portuenses", revela a DECO.
Já do ponto de vista financeiro, 45% das famílias inquiridas revelou ter sofrido perdas durante este período de tempo. A nível profissional, as ditas perdas são, em média, de 581 euros por família, mas "uma em cada dez perdeu rendimentos superiores a mil euros".
"Extrapolando os valores recolhidos para o universo das famílias portuguesas, cada uma terá perdido, em média, 349 euros. Ao multiplicar este valor pelo número de agregados nacionais, concluímos que o total do prejuízo já soma 1,4 biliões de euros, valor que, infelizmente, tenderá a aumentar", conclui.
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