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Associação defende controlo de venda de lubrificantes após despejo ilegal

A Associação Nacional do Ramo Automóvel disse hoje que o despejo ilegal de resíduos no Fojo das Pombas, em Valongo, dá razão aos alertas que tem vindo a fazer sobre oficinais ilegais e defende controlo sobre vendas de lubrificantes.

Associação defende controlo de venda de lubrificantes após despejo ilegal
Notícias ao Minuto

19:18 - 16/01/20 por Lusa

País Valongo

O município de Valongo denunciou, na quarta-feira, o despejo ilegal de resíduos no Fojo das Pombas, na Serra de Santa Justa, nomeadamente óleos, pneus entre outros, que indiciam provir da reparação de automóveis.

Em comunicado, a associação sublinha que "este cenário de perigo ambiental naquela antiga mina de exploração de ouro (que integra o maior complexo subterrâneo aurífero romano e alberga espécies de conservação prioritária) não surpreende, infelizmente, a ARAN, que tem alertado para o perigo das oficinas ilegais poderem deixar os seus resíduos a céu aberto ou escoarem os seus resíduos para a rede pública de saneamento".

De acordo com a associação, "isto acarreta um risco para o ambiente, mas também para a saúde de animais e, ainda mais grave, de pessoas", pelo que "há largos anos" que a ARAN alerta "para o facto de apenas as oficinas devidamente legalizadas serem fiscalizadas pelas autoridades competentes, ficando os operadores ilegais livres de quaisquer verificações".

"Obviamente que a ARAN nunca se opôs a fiscalizações junto das oficinais credenciadas, mas não podem apenas estas ser alvo de ações inspetivas. Todas devem ser verificadas", afirmam em comunicado.

"Como se vê pelo recente exemplo de Valongo - apenas mais um, que calhou ser conhecido publicamente", sublinha a associação, o combate à economia paralela é o importante não só em termos financeiros, mas também em termos ambientais e de saúde pública.

Apesar dos alertas, diz a ARAN, "da parte das autoridades do país nunca houve uma resposta eficaz, antes pelo contrário, a realidade comercial parece até, de forma involuntária, potenciar este cenário".

"Na defesa dos associados, mas também da justa concorrência e da prevenção ambiental do país, a ARAN defende, há muitos anos, que haja controlo sobre as vendas de lubrificantes. É hora das autoridades agirem e este despejo ilegal de resíduos em Valongo dá razão à ARAN", defende a associação.

A Câmara de Valongo revelou na quarta-feira que encaminhou a situação denunciada por um munícipe para a Brigada de Proteção Ambiental da PSP (BriPA), que registou a ocorrência, tendo começado, entretanto, "a retirada dos resíduos" e a "descontaminação do local", alertando a população para "o eventual risco de contaminação das águas que abastecem o lavadouro e fontanário do lugar da Ilha, decorrentes do óleo derramado".

O Fojo das Pombas, esclarecia o município, "é uma antiga mina de exploração de ouro e integra o maior complexo subterrâneo aurífero romano, albergando espécies de conservação prioritária como o feto 'Trichomanes speciosum' e algumas espécies de morcegos".

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