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"Ministro da Administração Interna foi um verdadeiro incendiário"

Luís Marques Mendes considera que esta foi uma semana "horribilis" para Eduardo Cabrita e também fez duras críticas a António Costa, que acusou de arrogância. "Acho que se aprendeu pouco com a grande tragédia dos incêndios de há dois anos", conclui.

"Ministro da Administração Interna foi um verdadeiro incendiário"
Notícias ao Minuto

23:02 - 28/07/19 por Notícias Ao Minuto

Política Marques Mendes

Os incêndios regressaram no passado fim de semana e com eles regressaram as polémicas e as críticas ao Governo, como se verificou durante a semana, sendo o caso mais recente a polémica em torno das golas antifumo inflamáveis distribuídas às populações.

No seu comentário semanal na SIC, Luís Marques Mendes começou por avaliar a evolução no combate aos desde 2017.

"Infelizmente, acho que se aprendeu pouco com a grande tragédia de há dois anos. Foram prometidas muitas mudanças. O que se constata, sobretudo ouvindo o que disseram os especialistas na matéria, é que mudaram muito as leis, mas ainda não há mudanças concretas que se vejam. Nas práticas e nos resultados. Como se viu no incêndio de Vila de Rei e, sobretudo, de Mação", declarou.

"É certo que houve algumas melhorias no caso da limpeza de algumas partes da floresta, mas há muitas falhas, principalmente no domínio da deteção dos fogos, dos alerta e depois no plano do combate", acrescentou, salientando de seguida que "ainda é cedo para se fazer o balanço, mas as mexidas parecem curtas".

Depois desta análise geral à primeira semana de incêndios de grandes dimensões, Marques Mendes debruçou-se sobre a reação do Governo.

"Parecem nervosos e desorientados. O Governo em termos de gestão política dos incêndios tem sido um desastre. Mas no plano do desastre foi coerente. Foi desastre em 2017, com descoordenação e muita incompetência nos casos de Pedrógão e depois nos incêndios de outubro. Foi desastre no ano passado com o incêndio de Monchique. O Governo dizia que estava tudo bem e o incêndio foi devastador. E esta semana foi o desastre total. A atuação do Governo e do ministro da Administração Interna, em particular, foi totalmente desastrosa", sublinhou.

António Costa não escapou às críticas do social-democrata. "Começou com António Costa a sacudir a água do capote, a culpar os autarcas. Devia ter assumido que a principal responsabilidade é do Estado central", asseverou.

Mas as palavras mais duras foram dirigidas a Eduardo Cabrita.

"A atuação do MAI foi um susto. Ele foi um verdadeiro incendiário desde o início até ao fim da semana. Foi uma semana horribilis para ele. Primeiro, atirou forte e feio ao presidente da Câmara de Mação. Depois veio a público a questão do kit de segurança e das golas. Como é que reagiu o ministro? (…) Acusou a comunicação social de ser irresponsável e alarmista e depois deu o dito por não dito em 24 horas. Primeiro, os kits eram magníficos, e depois já era necessário fazer um inquérito", referiu.

Marques Mendes considerou que o "ministro e o primeiro-ministro comportaram-se de forma arrogante" e até foi mais longe. "É um padrão do Governo reagir com enorme arrogância e autoritarismo", algo que diz tornar-se mais claro com a aproximação das eleições legislativas.

"À medida que o PS sobe nas sondagens e fica mais próximo da maioria absoluta, torna-se mais arrogante, insensível e autoritário", destacou.

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