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Sargentos da GNR alertam para consequências graves da falta de efetivos

A Associação Nacional dos Sargentos da Guarda (ANSG) alertou hoje para a falta de efetivos na GNR, considerando que vão ser "severas as consequências" para o policiamento e segurança caso o Governo mantenha a mesma política.

Sargentos da GNR alertam para consequências graves da falta de efetivos
Notícias ao Minuto

17:03 - 17/06/19 por Lusa

País ANSG

A associação que representa os sargentos da Guarda Nacional Republicana esteve reunida pela primeira vez num plenário, que se realizou no sábado em Soure, no distrito de Coimbra, para debater as atuais condições da corporação, tendo em conta "a escassez de recursos humanos e as consequências desta descapitalização".

Da reunião saiu um documento que vai ser entregue ao Ministério da Administração Interna e ao comando-geral da GNR, no qual a ANSG alerta para a falta de efetivos e formação que estão a ter consequências no desempenho, disse à agência Lusa, o presidente da ANSG, José Lopes.

Os sargentos avisam que vão ser "severas as consequências para o policiamento e segurança das populações" caso o Governo não reveja "urgentemente a política de ingresso e formação" na GNR.

"Caso contrário, a Guarda até pode vir a ter o corpo de bombeiros mais especializado da Europa, mas certamente a Guarda deixará de existir enquanto força policial", salienta a ANSG, referindo-se ao investimento que tem sido feito na Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR (que sucedeu ao Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro).

José Lopes adiantou que esta unidade tem sofrido um grande reforço que "compromete todo o resto do dispositivo", estando a ser retirados militares de outras valências da GNR, como o trânsito e policiamento de proximidade, para a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro.

O presidente da ANSG afirmou também que "a situação poderá tornar-se caótica" com as férias dos militares, ficando ainda o dispositivo mais desfalcado.

Os sargentos consideram igualmente que a falta de efetivo é "particularmente gravosa" para as populações que residente no interior do país, tendo em conta as enormes distâncias entre os postos territoriais e que em breve podem "não prestar o apoio que se espera de uma força de segurança".

José Lopes chamou ainda a atenção para o facto de a situação ser "particularmente grave" e de que "caso fossem tornados públicos todos os contornos estaria comprometida a segurança e a tranquilidade pública, além da segurança dos próprios militares da GNR".

Segundo a Associação Nacional dos Sargentos da Guarda, a GNR tem atualmente 20.000 militares, faltando cerca de 5.000 elementos.

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