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António Costa diz que "é prematuro" falar de SIRESP

O primeiro-ministro recusou, esta terça-feira, falar sobre o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), alegando ser "prematuro" fazer declarações durante uma reunião do conselho de administração da Altice.

António Costa diz que "é prematuro" falar de SIRESP
Notícias ao Minuto

12:18 - 14/05/19 por Lusa

País Primeiro-ministro

"Não há novidades, ainda não há nada para dizer", disse António Costa aos jornalistas, remetendo para "quando for oportuno" declarações sobre a alegada negociação que está em curso e que poderá passar pela aquisição da posição acionista por parte do Estado no SIRESP [Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal].

O primeiro-ministro assegurou, no entanto que "o SIRESP não vai deixar de funcionar". Isto depois de ontem, em plenário da Assembleia da República, Costa ter afirmado que o objeto da negociação que está em curso poderá passar pela aquisição da posição acionista por parte do Estado no SIRESP.

Questionado já esta terça-feira pela agência Lusa ssobre se confirmava que o ministro das Finanças, Mário Centeno, assumiu a pasta das negociações, fonte oficial do ministério das Finanças referiu apenas que "o Governo tem prosseguido negociações regulares com os acionistas privados da sociedade SIRESP, S.A., tendo em vista uma solução de acordo entre as partes".

Assim, "até ao final das negociações não haverá quaisquer comentários adicionais", concluiu a mesma fonte.

Entretanto, questionado pelos jornalistas à margem do congresso do sindicato que representa os inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que "quando houver novidades saberão", referindo-se às negociações entre o Governo e a entidade gestora do SIRESP.

Insatisfeita com estas justificações está a líder do CDS. Assunção Cristas desafia António Costa a resolver o "problema que ele próprio ajudou a criar". "Já lá vão quase 14 horas, cá estamos à espera da resposta e a desafiar o primeiro-ministro para, mais uma vez, resolver um problema que ele próprio ajudou a criar", afirmou a líder centrista aos jornalistas na aldeia de Valongo, concelho de Tábua, afetada pelos incêndios de outubro de 2017, integrada na campanha do CDS para as europeias de 26 de maio.

Mais, acrescentou Cristas. O sistema "foi negociado" quando Costa era ministro da Administração Interna e que tem falhado e o levou o Executivo a ter discursos diferentes, segundo descreveu, admitindo a nacionalização e depois ficou com 33 por cento do capital. "Obrigou a fazer investimentos que depois não pagou", criticou a presidente dos centristas.

Recorde-se que, na passada sexta-feira, 10 de maio, a SIRESP afirmou, em comunicado, que "tem vindo a trabalhar afincadamente com o Estado no sentido de se chegar a uma solução que permita manter em funcionamento as redundâncias de satélite e de energia implementadas em 2018, altura em que o reforço foi efetuado para ir ao encontro do solicitado pelo próprio Governo na sequência da Resolução do Conselho de Ministros de 21/10/2017".

Esta informação surgiu depois de o Jornal de Notícias (JN) ter noticiado que a SIRESP ameaçava interromper o funcionamento dos equipamentos de redundância na sequência de uma dívida de cerca de 11 milhões de euros do Estado à entidade, que dura há quase um ano.

A SIRESP referiu ainda no comunicado que, "apesar de as novas soluções implementadas terem representado uma inequívoca mais-valia nos teatros de operações, garantindo o pleno funcionamento da rede SIRESP em grandes ocorrências como o incêndio de Monchique, o de Cascais/Sintra e a passagem da tempestade Leslie, o contexto económico-financeiro" da entidade "não permite a manutenção dos atuais sistemas de redundância por muito mais tempo sem uma solução financeira que cubra os custos implicados, razão pela qual tem havido um diálogo permanente com o Estado no sentido de se chegar a uma solução".

Depois dos incêndios de 2017, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um novo contrato com a entidade gestora do SIRESP, que deveria entrar em funcionamento em 2018, mas foi chumbado duas vezes pelo Tribunal de Contas.

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