A Guarda Nacional Republicana (GNR) informa que o Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas do Porto, deteve entre esta terça e quarta-feira quatro homens, com idades compreendidas entre os 26 e 61 anos, pelo crime de violência doméstica, nas localidades de Póvoa de Varzim e Gondomar.

Em comunicado, esta autoridade explica que em causa está a investigação de três crimes de violência doméstica que resultaram em quatro mandados de detenção, emitidos devido ao perigo de continuidade das agressões praticadas, por parte dos suspeitos.

O primeiro caso resultou de uma investigação que durou aproximadamente dois meses. Um homem de 61 anos, com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime e por violação de imposições judiciais, foi detido na localidade de Póvoa de Varzim. A vítima, a sua ex-mulher, de 60 anos, era reiteradamente perseguida e injuriada, quando uma das obrigações judiciais, imposta ao arguido, era o afastamento da residência e proibição de contactos com a mesma.

No segundo processo, os militares apuraram que dois homens, irmãos, de 36 e 48 anos, coabitavam com a vítima, o seu progenitor, de 70 anos, em que o mesmo era reiteradamente ameaçado e injuriado. O idoso, relata a GNR, “vivia aterrorizado, sentindo-se impotente para garantir a sua defesa”.

A última detenção ocorreu esta quarta-feira, dia 27, e foi o culminar de uma investigação que durou cerca de um mês. O suspeito de 26 anos foi detido por agressões físicas e psicológicas infligidas à vítima, de 17 anos, por esta ter terminado a relação de namoro. Não aceitando o fim da relação, o suspeito perseguia a vítima ameaçando-a de morte.

Após serem presentes a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos, o detido de 61 anos ficou sujeito à medida de coação de afastamento da residência, proibição de contacto por qualquer meio com a vítima e apresentações quinzenais no posto policial da sua área de residência, sendo ainda controlado através do recurso a meio eletrónico (pulseira eletrónica).

O detido de 36 anos ficou sujeito à medida de coação de afastamento da residência e proibição de contacto por qualquer meio com vítima, fiscalizado também por pulseira eletrónica. O irmão, de 48 anos, ficou sujeito à medida de coação de apresentações semanais no posto policial da sua área de residência e obrigatoriedade de se submeter a programa de desintoxicação de bebidas alcoólicas.

Por fim, o detido de 26 anos foi presente a primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde ficou sujeito às medidas de coação de impedimento de permanecer na residência da vítima, proibição de contactos por qualquer meio e em qualquer lugar, nomeadamente no estabelecimento de ensino por ela frequentado, e ainda foi sujeito à medida de coação de controlo por meio eletrónico (pulseira eletrónica).

As operações contaram com o apoio de militares do Destacamento de Intervenção do Porto