Queda de motor em comboio na Linha do Minho é problema "técnico"
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, classificou hoje como um problema de "natureza técnica" a queda, na quinta-feira, de um motor a diesel num comboio que fazia a ligação Porto/Valença, na Linha do Minho.
© Global Imagens
País Pedro Marques
"Esta questão técnica que aconteceu ontem [quinta-feira] e também a interrupção de circulação que aconteceu hoje por causa das condições do tempo são matérias que a CP já se ocupou. É uma matéria de natureza técnica da empresa que a empresa já esclareceu", disse.
O governante, que falava aos jornalistas em Campo Maior, no distrito de Portalegre, à margem de uma visita às obras de requalificação das muralhas da vila raiana, num investimento de cinco milhões de euros, garantiu que todo o material ferroviário circulante é alvo de "verificações rigorosas" pela CP.
"Todo o material circulante que está em utilização na CP é objeto de verificações rigorosas, eventos técnicos acontecem, com certeza que sim, a CP verifica e faz revisões profundas. O material circulante novo que vai entrar agora vem com uma revisão profunda feita em Espanha e concluída, depois, pelos nossos serviços", explicou.
Pedro Marques sublinhou que a taxa de regularidade em matéria de circulação situa-se nos "99%", graças a um trabalho "aturado" da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).
"A nossa taxa de regularidade [circulação] anda na ordem dos 99%, o nosso material circulante é objeto de um trabalho aturado da EMEF, que é uma empresa portuguesa, uma empresa pública e que foi reforçada com mais 100 recursos humanos. Quanto ao mais, eventos técnicos ocorrem e devem ser, naturalmente, minorados, mas a CP já prestou esclarecimentos que entendia sobre essa situação em concreto", declarou.
Equipas da CP e da EMEF vão proceder a análises técnicas para apurar o que levou à queda na quinta-feira de um motor a diesel num comboio que fazia a ligação Porto/Valença, na Linha do Minho.
Em comunicado, a CP refere que o comboio com partida de Porto-Campanhã às 20:15 e chegada prevista a Valença às 22:20, ficou imobilizado junto à localidade de Afife, por avaria, tendo o transbordo dos 15 passageiros a bordo sido feito por táxi.
A CP esclareceu que na origem da ocorrência estará à fratura do veio de transmissão entre um motor diesel e a caixa de transmissão que terá originado a quebra de um dos apoios do motor.
"A unidade envolvida foi rebocada por comboio socorro, de madrugada, e está a ser encaminhada para a oficina de Contumil, local onde as equipas técnicas da CP e da EMEF farão as necessárias analises técnicas para apurar as circunstâncias e causas desta ocorrência, bem como eventuais medidas preventivas e corretivas que se revelem necessárias", referiu ainda a CP.
Em Campo Maior, além de visitar as obras de requalificação das muralhas, projeto que deverá estar concluído no final deste ano e que conta com apoios financeiros do programa comunitário Portugal 2020, Pedro Marques participou na sessão de assinatura de um contrato para a expansão da empresa Hutchinson, na zona industrial.
A unidade fabril, que conta com mais de 700 postos de trabalho permanentes e temporários, espera, depois de expandir a unidade, criar mais 150 postos de trabalho na vila alentejana.
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