Manuel Guiomar não fica preso em Évora porque não há vagas

Falta ainda dois outros arguidos dirigirem-se à prisão para iniciarem o cumprimento da pena a que foram condenados.

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Patrícia Martins Carvalho
15/01/2019 15:19 ‧ 15/01/2019 por Patrícia Martins Carvalho

País

Face Oculta

Manuel Guiomar, ex-funcionário da Refer condenado a seis anos e meio de prisão, deslocou-se, esta teçra-feira, ao Estabelecimento Prisional de Évora para cumprir a pena a que foi condenado no âmbito do processo Face Oculta.

No entanto, refere a TVI24, o arguido não pôde entregar-se, uma vez que a cadeia não tem vagas para o receber, razão pela qual vai agora para Castelo Branco onde deverão então cumprir a pena de seis anos e meio de prisão efetiva.

Porém, contactada pela Notícias ao Minuto, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais negou tal informação, garantindo que a cadeia de Évora “tem capacidade para 35 reclusos e ao dia de hoje, 15 de janeiro de 2019, tem 41 reclusos afetos, sendo que esta situação não é impeditiva de poder receber os reclusos para os quais está destinado”.

Notícias ao Minuto pediu depois esclarecimentos a Poliana Pinto Ribeiro, advogada de Manuel Guiomar, que explicou que a recusa em receber o seu cliente se prendeu com a tipologia de reclusos a que a prisão de Évora se destina - detidos e reclusos que exercem ou exerceram funções em forças ou serviços de segurança, bem como detidos e reclusos carecidos de especial proteção.

Recorde-se que a juíza emitiu, na segunda-feira, os mandados de condução à prisão referentes a Manuel Guiomar, João Tavares e Armando Vara - os dois últimos outros dois podem fazê-lo até amanhã ao início da tarde.

O processo Face Oculta, recorde-se, começou a ser julgado em 2011 e diz respeito a uma alegada rede de corrupção cujo objetivo era o de favorecer o grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e até privadas.

Além de Armando Vara também João Tavares (ex-funcionário da Petrogal), Manuel Guiomar (ex-quadro da Refer) e Manuel Gomes (ex-funcionário da Lisnave) foram condenados a penas de prisão efetiva.

Por transitar em julgado estão ainda os recursos interpostos pelos restantes arguidos: Manuel Godinho, José Penedos, Paulo Penedos, Domingo Paiva Nunes, Hugo Godinho e Figueiredo Costa.

Este processo, cujo julgamento arrancou em 2011, contou ainda com outros arguidos de 'peso', como foi o caso de José Penedos (ex-presidente da REN) e o seu filho Paulo Penedos.

[Notícia atualizada às 19h45]

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