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Surtos? Resposta passa por "articular e dialogar com outros países"

Luís Guedes, co-fundador do FÓRUM Diplomacia da Saúde, defende que "cada vez estamos menos isolados do que se passa à nossa volta" e por isso torna-se imperioso promover a articulação com os outros países para promover uma resposta eficaz aos surtos.

Surtos? Resposta passa por "articular e dialogar com outros países"
Notícias ao Minuto

22:18 - 30/11/18 por Filipa Matias Pereira

País Luís Guedes

Realizou-se, na passada segunda-feira, a primeira edição do FÓRUM Diplomacia da Saúde. Em declarações ao Notícias ao Minuto, Luís Guedes, co-fundador, revela que se tratou de uma iniciativa que permitiu, entre outros aspetos, “discutir temas relacionados com a saúde global, a diplomacia e as relações internacionais”.

O primeiro dia foi marcado pela presença de “oradores com diferentes percursos académicos e profissionais, com pessoas muito ligadas a áreas da saúde, embaixadores, investigadores, entre outros, o que contribuiu para uma discussão variada e rica”.

No decurso da iniciativa foi ainda possível, como acrescentou Luís Guedes, “falar da intervenção de Portugal na área da saúde a nível global, em particular nos países de língua portuguesa, e da necessidade de o país se afirmar nesta área ou dos desafios colocados por uma saúde cada vez mais global e competitiva”.

Já questionado relativamente à competência dos recursos humanos em matéria de diplomacia de saúde, o entrevistado é categórico ao defender que há “profissionais competentes mas ainda em número insuficiente”. Tanto que, explica ainda, “da parte dos profissionais da diplomacia, bem como da parte dos profissionais da saúde, e mesmo de outros profissionais que têm ação neste âmbito, existem necessidades que são reconhecidas por todos. Felizmente, o que observámos durante o FÓRUM foi um grande interesse na formação e discussão destes temas”.

A título exemplificativo, o co-fundador referiu ainda que o Bastonário da Ordem dos Médicos defendeu a este respeito a “necessidade de criar um gabinete de Saúde Global na própria Ordem e em trazer estes temas, cada vez mais, para a ordem do dia, e também o Diretor do Instituto Diplomático afirmou a necessidade de dar formação em saúde aos novos adidos diplomáticos”.

Este ano foi aprovado em Conselho de Ministros um despacho que nomeia um alto-comissário para a saúde global. Para Luís Guedes, este é “certamente um passo na direção certa, mas um de muitos passos que são necessários. Tal como referido por um anterior governante da área da saúde, Portugal tem uma posição privilegiada para ser, na área da saúde, uma ponte de cooperação. Estamos numa posição de destaque e, por isso, todas as iniciativas que promovam este desígnio são necessárias. É isso que esperamos que o FÓRUM ajude a promover, fazendo com que Portugal cada vez mais se afirme e destaque a nível da Saúde Global”.

Já em relação ao surto de Sarampo que está a afetar o país, o especialista refere que “se Portugal quer estar verdadeiramente preparado para responder a este tipo de eventos, tem que se articular e dialogar com outros países, porque cada vez estamos menos isolados do que se passa à nossa volta, com as oportunidades e problemas que isso coloca a nível de saúde”.

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