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Marcelo elogia "heróis quotidianos" e relativiza 'glamour' da Web Summit

O Presidente da República ouviu hoje testemunhos de refugiados residentes em Portugal, que elogiou, considerando-os "heróis quotidianos", como contraponto ao 'glamour' da Web Summit, que relativizou, afirmando que a tecnologia pode servir o bem ou o mal.

Marcelo elogia "heróis quotidianos" e relativiza 'glamour' da Web Summit
Notícias ao Minuto

17:31 - 08/11/18 por Lusa

País Presidentes

Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se emocionado depois de ouvir os "testemunhos heroicos" de Ilda Viviane, de Farid, de Vimbayi e de Mohamed, naturais, respetivamente, da República Democrática do Congo, do Afeganistão, do Zimbabué e da Síria, no 13.º Congresso Internacional do Conselho Português para os Refugiados, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O chefe de Estado apontou esta iniciativa como "dos bons momentos da política" e referiu que iria seguir dali imediatamente para o encerramento da "cimeira do digital" Web Summit, declarando: "Estão lá os grandes patrões das grandes empresas multinacionais, estão lá os líderes da ciência e da tecnologia, estão lá alguns dos que mandam no mundo ou por lá passaram, alguns que são influentes no mundo da economia e dos negócios".

"Lá estão os jovens que com as suas 'start-ups' estão a arrancar. E, portanto, é o mundo, como se diz agora, do 'glamour'. Da festa, da inovação, da criatividade, do futuro, das boas notícias, da mudança virada para o futuro", descreveu.

Perante uma plateia composta por refugiados e alunos de escolas da região de Lisboa, acrescentou: "E, no entanto, as sociedades são feitas de pessoas de carne e osso. De que servem essas tecnologias se não servirem as pessoas de carne e osso? Sim, de que servem? São muito importantes, se servirem. São pouco importantes, se não servirem".

"Se aquilo que lá se discute, se aquilo que lá se viu, se aquilo que lá muda no mundo da Internet, das novas tecnologias servir para fazer o bem, vale a pena. Se servir para fazer o mal, se servir para fazer as guerras, se servir para promover as injustiças, as perseguições, é negativo. Não basta dizer: que bom o avanço da tecnologia. É preciso perguntar: ao serviço de quem, de quê, de que valores?", completou.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que, se for ao serviço "de valores como estes", do acolhimento de refugiados, "então vale a pena".

O Presidente da República incentivou os jovens na assistência a lutarem contra os "movimentos xenófobos, racistas e de fechamento das sociedades" que, no seu entender, parecem ser "a onda claramente dominante na Europa", e criticou as ações unilaterais à revelia dos acordos internacionais.

"Vou falar disto na Web Summit, daqui a bocadinho, que é um sítio improvável para falar disto, mas é nos sítios improváveis que se deve falar", prometeu.

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