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Corrupção no Turismo: Autarca de Viseu garante estar "inocente"

Almeida Henriques defende-se da notícia que o implica na investigação por alegada corrupção no Turismo do Porto e Norte, dizendo estar a ser alvo de "um atropelo ao Estado de Direito".

Corrupção no Turismo: Autarca de Viseu garante estar "inocente"
Notícias ao Minuto

12:58 - 25/10/18 por Melissa Lopes

País Operação

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, garante estar “inocente” e avisa que vai processar os autores da notícia que dá conta de que o autarca estaria a ser investigado por alegadas ligações à corrupção no Turismo, no âmbito da operação Éter.

Em conferência de imprensa, marcada para se defender, Almeida Henriques (PSD) esclareceu “olhos nos olhos” que exerce as funções de presidente da câmara em regime de exclusividade.

Toda a gente sabe que fui empresário durante vários anos, mas desde que estou nesta função que estou em exclusividade de funções, assim como estava quando estive no governo”, referiu, afirmando não poder aceitar a notícia que esta quinta-feira o Jornal de Notícias divulga. O autarca avisou que vai processar tanto o jornal, como os jornalistas e o diretor de informação.

Já chega de, num Estado de Direito democrático, estarmos sujeitos a este tipo de calúnias, de pressões”, atirou, esclarecendo que, neste processo, foi feita uma busca à Câmara há cerca de dois meses e meio de onde as autoridades “levaram toda a informação que pretendiam”. “Nunca o presidente da Câmara de Viseu foi chamado por quem quer que fosse para prestar qualquer esclarecimento”, fez sobressair.

O autarca frisou ainda estar de “consciência tranquila”, ainda que “indignado” com aquilo que considera ser “um atropelo ao Estado de Direito”.

Estou indignado e tudo vou fazer para que a verdade venha ao de cima. Não se pode deitar lama para cima dos cidadãos de qualquer maneira”, notou, respondendo aos jornalistas que conhece o empresário José Agostinho, negando, contudo, ter tido qualquer negócio em conjunto. Está, portanto, “de mãos limpas”. “Quem não deve não teme”, rematou.

Recorde-se que o presidente do Turismo do Porto e Norte, Melchior Moreira, foi detido devido a alegada viciação de procedimentos de contratação pública. Isabel Castro, diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana), e José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu, também foram detidos no âmbito da operação Éter. As medidas de coação a aplicar aos cinco arguidos deverão ser conhecidas na tarde desta quinta-feira, sendo que Melchior Moreira é o único que continua detido. 

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