Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, não alinha com a justificação da Autoridade Nacional de Proteção Civil para a transição do comando distrital para o comando nacional, que define como "um procedimento normal", rejeitando qualquer ideia de "rutura".
No entender do responsável, que falava em entrevista à SIC Notícias, se é um procedimento normal, fica por saber "porque esperaram cinco dias" para o fazer.
"É um sinal de que alguma coisa não estaria a ser bem feita na coordenação", avançou Marta Soares, sublinhando que "teria que ser feita uma análise muito competente e muito segura" ao caso.
Marta Soares explicou que "o grande problema não está no combate ao incêndio" e lembrou que "os incêndios, antes de serem grandes, são pequenos", explicando que tem que haver "um ataque musculado" logo no início, principalmente "sendo aquela região uma região de alto risco".
"O comandamento é muito importante", disse, esperando que "a estratégia seja feita de forma diferente". A título de exemplo, deixou o facto de estarem a ser feitas descargas de água sem retardante. "Uma descarga de um avião com retardante resolve mais que 15 descargas [normais]", afirmou.