A passada quarta-feira, dia 9 de julho, foi marcada por uma experiência “única e inesquecível”, tanto para os Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, em Coimbra, como para os Bombeiros Voluntários da Pontinha, em Odivelas. É que, nessa data, os membros das duas corporações ajudaram dois bebés a nascer – um numa ambulância, e outro em casa.
Pelas 9h45 daquela manhã, dois socorristas de Oliveira do Hospital tornaram-se “anfitriões da história do nascimento de um bebé”, segundo contou a corporação na rede social Facebook.
No local, Ricardo e Daniel depararam-se com “uma grávida com contrações de dois em dois minutos”, tendo pedido “apoio diferenciado” ao Centro de Orientação de Doentes Urgente (CODU).
“No transporte para a maternidade, em conjunto com a equipa da SIV de Arganil, o bebé não quis esperar mais, acabando por nascer na ambulância dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital”, detalhou o organismo.
Para os socorristas, o nascimento de Lavim foi uma experiência “única e inesquecível, marcando os seus percursos enquanto bombeiros”.
“Bem-vindo, Lavim! Parabéns à família, aos nossos bombeiros e à equipa SIV de Arganil!”, assinalou ainda a corporação.
Já pelas 14h38 do mesmo dia, os operacionais dos Bombeiros Voluntários da Pontinha foram acionados para uma situação de trabalho de parto, da qual nasceu Márcia.
“Um obrigada à equipa da VMER de Loures e aos nossos operacionais por este bonito momento”, sublinhou a corporação, que deu conta de que a bebé nasceu em casa.
Pelo menos 38 bebés nasceram em ambulâncias até este mês de julho, de acordo com os relatos disponibilizados pelas corporações de bombeiros nas redes sociais. Saliente-se, contudo, que o número poderá ser superior, já que nem todas as ocorrências são publicitadas pelos socorristas.
De recordar que, em abril, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, considerou que era preciso garantir que nasçam menos bebés em ambulâncias, ainda que tenha ressalvado que sempre houve situações semelhantes.
"O objetivo é que nasçam cada vez menos bebés em ambulâncias, sobretudo através de gravidezes bem vigiadas. Se há uma área onde nos distinguimos nos últimos 45 anos é na área maternoinfantil e por isso o que temos é de conseguir garantir que esses indicadores se mantenham", disse, no final de uma visita ao Hospital de Santa Cruz, integrado na Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental.
Questionada concretamente quanto ao crescente número de partos realizados em ambulâncias e quanto aos dados que apontavam para a ocorrência de meia centena de nascimentos nestes veículos de socorro, no ano passado, Ana Paula Martins apontou que este fenómeno sempre aconteceu e sempre vai acontecer, uma vez que não é possível evitar em algumas circunstâncias.
"Mas naturalmente que não é de forma alguma o nosso objetivo", disse.
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