Depósitos a prazo rendem cada vez menos e a oferta é muito curta
Um relatório publicado esta manhã pelo Banco de Portugal revela que as taxas de retorno para os clientes da banca estão em mínimos históricos graças à política monetária do BCE.
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Economia Banco de Portugal
Não é uma surpresa para quem costuma olhar para os bancos à procura de uma alternativa para ganhar dinheiro em depósitos a prazo, mas é ainda assim uma confirmação evidente dos efeitos da política europeia no que toca às taxas de juro.
"No final de 2016, todos os depósitos a prazo simples eram comercializados a taxa fixa. As taxas de remuneração praticadas diminuíram na maioria dos prazos. Cerca de 90% dos depósitos a prazo comercializados para o público em geral apresentavam uma taxa anual nominal bruta (TANB) igual ou inferior a 1% (86% em 2015); 72% dos depósitos comercializados tinham TANB inferior a 0,5% (57% em 2015)", revela o Banco de Portugal no Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho referente a 2016.
As maturidades mais curtas continuam a compor a esmagadora maioria da oferta – cerca de 83,5% dos depósitos comercializados – o que se compreende devido à incapacidade de oferecer retorno em prazos maiores.
Olhando para os canais digitais, a importância caiu de forma surpreendente em 2016, na comparação com o ano anterior: "No final de 2016, estavam a ser comercializados 67 depósitos exclusivamente através de canais digitais (homebanking e aplicações móveis), totalizando 19,9% da oferta de depósitos a prazo simples (23,3% em 2015)".
Ainda assim, há boas notícias: "Os depósitos a prazo simples apresentavam condições de constituição e de mobilização antecipada mais flexíveis do que em 2015. A proporção de depósitos com um montante mínimo de constituição até 500 euros aumentou, bem como a percentagem de depósitos que permitiam a mobilização antecipada dos fundos com penalização parcial dos juros".
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