Bloco considera que aumento do salário mínimo podia "ir mais além"
O BE considerou hoje positivo o aumento do salário mínimo nacional e do salário base da administração pública anunciado pelo Governo que, "infelizmente", não teve vontade de "ir mais além".
© Global Imagens
Política Pedro Filipe Soares
"São medidas positivas, mas poderiam ter ido mais além. Infelizmente, o Governo não teve essa vontade", resumiu o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, em Lisboa.
O deputado bloquista lembrou que a proposta de aumento do salário mínimo nacional para 600 euros foi uma das propostas que o BE "colocou em cima da mesa das negociações, em 2015, que muitos diziam que era irrealizável".
"Provou-se não só realizável como até tínhamos condições para ir mais além, apesar do Governo não ter tido essa vontade, ter cumprido pelos mínimos esse acordo", argumentou ainda.
O mesmo, disse, aconteceu com os aumentos na administração pública, porque o Governo os "iniciou este ano dizendo que não haveria margem para aumentos".
"Teve de recuar porque provámos e demonstrámos que era possível haver aumentos, porque a condição económica do país estava melhor, as contas públicas estavam melhores", sublinhou, considerando que "mais uma vez a pressão feita à esquerda resultou positivamente para os trabalhadores".
Contudo, criticou Pedro Filipe Soares, "mais uma vez o Governo cumpriu pelos mínimos aquilo que poderia ter ido mais além".
O Governo propôs hoje que o valor do salário mínimo nacional seja fixado nos 600 euros a partir de 01 de janeiro de 2019, segundo uma proposta entregue na reunião da Concertação Social.
"Este valor representa um aumento nominal de 3,4% face a 2018, que se traduzirá numa valorização real na ordem dos 2,1%, de acordo com a inflação prevista no cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019)", adianta o Governo no documento.
O salário mínimo nacional é atualmente de 580 euros.
Também hoje, o Governo propôs aos sindicatos um aumento no nível mais baixo de remuneração da administração pública de 580 euros para 635 euros.
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