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Tailândia. Oito rapazes estão salvos mas ainda não podem abraçar os pais

Depois da segunda fase de uma complexa e demorada operação de resgate, ainda faltam sair da gruta quatro rapazes e o treinador. Aqueles que já saíram estão no no Hospital de Prachanukroh, em Chiang Rai, onde permanecerão em observação.

Tailândia. Oito rapazes estão salvos mas ainda não podem abraçar os pais
Notícias ao Minuto

16:04 - 09/07/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Operação

São oito, os rapazes que estão, por fim, fora da caverna onde estiveram encurralados desde o passado dia 23 de julho. Quatro saíram ontem, domingo, e outros quatro saíram hoje, segunda-feira, naquela que foi a segunda operação de resgate desta complexa missão a cargo das autoridades tailandesas, com ajuda internacional.

Ainda continuam na caverna de Tham Luang mais quatro jovens e o treinador Ekaphol Chantawong, de 25 anos. Sublinhe-se que as equipas de resgate, lideradas pelo governador regional da província de Chiang Rai, Narongsak Osottanakorn, não revelaram as identidades dos rapazes que já saíram, mas este último indicou que primeiro foram retiradas “as [crianças] mais fortes”.

Ainda assim, as equipas médicas estão preparadas para todos os cenários, do primeiro ao último rapaz, incluindo o treinador, que terá estado nove dias a comer o mínimo possível para que as crianças sobrevivessem.

De acordo com a CNN, que cita especialistas, os médicos vão verificar os níveis de oxigénio, malnutrição, desidratação, stress pós-traumático e outros efeitos psicológicos.

Os quatro rapazes resgatados no domingo estão a recuperar no Hospital de Prachanukroh, em Chiang Rai, e ainda não terão visto os pais. Um familiar indicou, esta segunda-feira, que ainda nem sequer tinha sido informado sobre que crianças estavam cá fora e quais ainda continuavam na gruta.

Os quatro rapazes resgatados esta segunda-feira também foram reencaminhados para o mesmo hospital, depois de observados no local.

O secretário de estado do ministério da saúde da Tailândia, Jessada Chokedamrongsook, havia indicado na semana passada que os rapazes não poderiam ver os pais durante um ou dois dias, enquanto recebem os tratamentos necessários e são avaliados pelos médicos.

Ainda assim, o processo de avaliação vai durar “entre cinco a sete dias”, até que os resultados dos testes estejam concluídos. As crianças precisam de estar "dois metros de distância afastados das restantes pessoas". Já se considerou deixar os pais ver os filhos através de uma porta de vidro.

O hospital onde estão a ser tratadas as crianças também emitiu um comunicado onde prepara as famílias, amigos e conhecidos dos jovens para os tempos que se avizinham. A permanência dentro da gruta, “num ambiente diferente”, poderá ter exposto os jovens a um sem número de doenças.

“Qualquer pessoa que entre em contacto com os rapazes, incluindo a família, vai ser observado de perto para se ter a certeza que estão bem. [Os familiares] foram informados que devem ligar para a linha de emergência se tiverem sintomas como dores de cabeça, náuseas, dores musculares ou dificuldades em respirar”, escreve o comunicado.

Embora a idade dos rapazes seja um fator de preocupação ao nível dos efeitos físicos imediatos, poderá, no entanto, ser um aspeto positivo ao nível psicológico. Um docente de medicina da Universidade do Tennessee indicou que se encontram “no pico da sua saúde”. “Se alguém consegue aguentar estes momentos de potenciais baixas de oxigénio e outros desafios físicos são estes jovens rapazes”, indicou Darria Long Gillespie.

No trabalho de resgate feito dentro das cavernas, recorde-se, está um contingente de 13 espeleólogos e cinco mergulhadores da marinha tailandesa. Esta equipa deverá trabalhar por turnos para trazer duas crianças de cada vez, sendo que o percurso de ida para o local onde estão as crianças faz-se em seis horas e o de retorno em cinco, por ser a favor da corrente.

Nas operações de socorro, no total, participam 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros.

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