Enviado da ONU para o Médio Oriente lamenta morte de jovem em Gaza
O enviado da ONU para o processo de paz no Médio Oriente, Nikolai Mladenov, lamentou na sexta-feira a morte de um adolescente palestiniano de 15 anos nos protestos da 'marcha do retorno' em Gaza perto da fronteira com Israel.
© Reuters
Mundo Protestos
Na sua conta do Twitter, Mladenov também escreveu na sexta-feira à noite que o incidente deve ser investigado.
O enviado especial dos Estados Unidos para as negociações internacionais, Jason Greenblatt, também lamentou na sexta-feira na sua conta do Twitter a morte do adolescente e pediu contenção para evitar mais vítimas.
Mohamed Ayub, um adolescente de 15 anos da cidade de Gaza, foi um dos quatro palestinianos mortos na sexta-feira por disparos israelitas durante os protestos junto à barreira de segurança de separação com Israel, convocados pela quarta sexta-feira consecutiva, afirmou o ministério da Saúde palestiniano na Faixa de Gaza.
No total, 729 pessoas receberam atenção médica, 156 por ferimentos de bala e os restantes pelo impacto de balas de borracha, intoxicação por inalação de gás lacrimogéneo, quedas ou lesões de outro tipo.
Por outro lado, o Exército israelita informou que cerca de 3.000 palestinianos "participaram em distúrbios, tentando aproximar-se das infraestruturas de segurança, queimando pneus e atirando projéteis inflamáveis".
Num comunicado, o Exército afirma que as tropas "respondem meios de dispersão de distúrbios e disparam de acordo com as regras para abrir fogo" e insistiu como tem feito nas últimas semanas que o Exército "não permitirá qualquer dano à infraestrutura de segurança que protege os civis israelitas e atuará contra quem o tentar".
Depois dos protestos desta sexta-feira, Nabil Abu Rudeinah, porta-voz do presidente palestiniano, Mahumd Abás, disse que a liderança palestiniana "irá ao Conselho de Segurança da ONU para pedir proteção internacional para o povo palestiniano".
As fações palestinianas mantêm uma campanha de protestos que pede aos resistentes de Gaza para marcharem para as fronteiras com Israel para reivindicar o retorno dos refugiados palestinianos e o fim do bloqueio ao enclave.
Os protestos da 'marcha do retorno' deverão continuar até 15 de maio, aniversário da criação de Israel, designado pelos palestinianos como a 'Nakba' (catástrofe), mas o número de participantes desceu desde a primeira convocatória em 20 de março, quando reuniu 30.000 pessoas.
Desde 30 de março, pelo menos 39 palestinianos morreram devido a tiros disparados por israelitas, a maioria durante as manifestações de sexta-feira, mas também em ações violentas na fronteira com Israel.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com