O juiz do Supremo Tribunal espanhol voltou a negar a possibilidade de Jordi Sànchez sair provisoriamente da prisão para assistir à sessão de investidura, marcada para a próxima sexta-feira. Mas para Pablo Llarena, existe o risco de reincidência.
Para além de impedir a saída do ex-líder da líder da Assembleia Nacional Catalã (ANC) da prisão, Llarena negou também a investidura por videoconferência.
A sessão de sexta-feira pretendia investir o número dois do Juntos pela Catalunha (JxCat) como próximo líder da Generalitat (governo catalão).
Sànchez está detido desde outubro de 2017 devido ao seu envolvimento no referendo de 1 de outubro e na declaração de independência da Catalunha, anulada pela aplicação do artigo 155 da constituição espanhola.
Depois de falhadas as tentativas para investir Carles Puigdemont, ex-presidente que está na Alemanha a aguardar o fim jurídico, Sànchez tem sido apontado como a escolha dos partidos independentistas para suceder a Puigdemont.
Esta não é a primeira vez que o ex-líder da ANC tenta a investidura no parlamento. No início de março, o Supremo negou, tal como agora, a possibilidade de Sànchez sair da prisão para tomar posse, apresentando os mesmos motivos. Para além disso, a Candidatura de Unidade Popular (CUP) absteve-se na votação, o que impediu a eleição.
Perante estas circunstâncias, o número dois de Puigdemont acabou por desistir da candidatura só que agora, empurrado por uma resolução do Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas, datada do dia 23 de março, que pede ao Estado espanhol que "tome as medidas necessárias" para garantir os seus direitos políticos, decidiu voltar a tentar a investidura.