Carles Puigdemont afirmou este sábado, numa comunicação aos jornalistas, que ficará em Berlim o tempo que a justiça alemã entender, mas que a sua intenção é regressar depois a Bruxelas.
Sobre a decisão da justiça alemã, Puigdemont disse respeitar “as atitudes políticas de cada governo, seja alemão ou bela”.
“Estou convencido que estes governos atuaram de acordo com a democracia. Não quereria interferir na vida política alemã”, defendeu, destacando os valores europeus e incitando o estado espanhol a “mudar de estratégia”.
Durante a conferência de imprensa, o ex-presidente da Genaralitat reforçou que Espanha deveria dar “o primeiro passo” para que o "conflito político" tenha uma "solução política".
“O normal é que um parlamento possa debater com tranquilidade o candidato à presidência. É o que diz a lei (…). Anunciei a retirada da minha candidatura e propus Jordi Sánchez. O estado espanhol bloqueou-o. Hoje temos que pedir-lhe que ratifique, agora que há uma resolução do comité dos direitos Humanos das Nações Unidas”, afirmou, numa extensa comunicação aos jornalistas.
O independentista fez também uma referência ao sofrimento do resto dos presos políticos e dos seus familiares que têm de fazer 600 quilómetros para os visitar.
Jordi Sànchez, deputado regional da Catalunha detido na capital espanhola, em Madrid, disse este sábado, antes da conferência de imprensa de Puigdemont, que "se aproxima a hora da negociação" no país que, a seu ver, deverá ser "de igual para igual".
