Pedro Sánchez destacou, através da rede social X, que o antigo líder uruguaio acreditava num "mundo melhor" e vivia a política "com o coração".
"Um mundo melhor. Foi nisto que 'Pepe' Mujica acreditou, lutou e viveu", escreveu Sánchez, acrescentando: "A política faz sentido quando é vivida assim, com o coração."
O Governo peruano, liderado pela Presidente Dina Baluarte, expressou as suas "mais profundas condolências", lembrando Mujica como um "servidor público íntegro e um exemplo de fidelidade aos seus princípios".
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, despediu-se do antigo Presidente uruguaio destacando-o como um "grande revolucionário".
Já o Presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, recordou "um exemplo de humildade e grandeza. De liderança entendida como serviço, sempre a quem mais precisa".
O Presidente guatemalteco nasceu em Montevideu em 07 de outubro de 1958, durante o exílio do pai, José Árevalo, no país sul-americano.
Também o Presidente panamiano, José Raúl Mulino, manifestou o seu profundo pesar pela morte do antigo Presidente uruguaio, frisando o "Presidente, ativista líder" e o "seu profundo amor pelo seu povo".
O Presidente paraguaio, Santiago Peña Nieto, lamentou a morte de Mujica, reconhecendo que os dois tinham "visões diferentes", mas partilhavam a aspiração de ver a América Latina unida.
O chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, que tomou posse para um terceiro mandato após a sua polémica reeleição, recordou Mujica como um "homem humilde e ativista social incansável".
Também a oposição venezuelana lamentou a morte do ex-presidente uruguaio, reconhecendo a sua liderança apesar de apontar as suas diferenças ideológicas com o líder de esquerda e partilhando um vídeo com declarações de Mujica, que em 2024 apelidava o Governo venezuelano de autoritário.
A Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, prestou homenagem à memória de Mujica, sublinhando "um exemplo para a América Latina e para o mundo inteiro".
Sheinbaum lamentou profundamente a morte de Mujica, elogiando a sua sabedoria, consideração e simplicidade, que, segundo a governante, são um "exemplo" para a América Latina.
Para o Presidente chileno, Gabriel Boric, Mujica desapareceu fisicamente mas "permanecerá para sempre" e deixa para trás "a esperança inabalável de que as coisas podem ser feitas melhor".
Já o Presidente dominicano, Luis Abinader, disse que teve "a honra" de conhecer Mujica e "de aprender com a sua sabedoria e humildade".
O Presidente boliviano, Luis Arce, recordou o uruguaio como um "farol de esperança" e um "lutador pela justiça social".
Também o antigo presidente boliviano Jorge Tuto Quiroga (2001-2002) elogiou a liderança "austera, decente" e "sem rancor" de Mujica. Carlos Mesa (2003-2005), que lhe sucedeu, por sua vez, salientou a sua "grande coerência intelectual e ética", enquanto Evo Morales (2006-2019) destacou que o uruguaio era "um fervoroso defensor da Pátria Grande".
A ex-presidente argentina Cristina Fernández (2007-2015) recordou Mujica como "um grande homem que dedicou a sua vida ao ativismo e ao seu país", enquanto Alberto Fernández (2019--2023), que também ocupou a Presidência argentina, lembrou "um exemplo para uma política que banaliza tudo" e "um exemplo de austeridade numa sociedade que recompensa quem acumula fortunas".
José 'Pepe' Mujica, símbolo da esquerda latino-americana, morreu hoje, aos 89 anos, informou o atual chefe de Estado, Yamandu Orsi.
Apelidado como "o presidente mais pobre do mundo", Mujica revelou no início deste ano que um cancro no esófago, diagnosticado em maio de 2024, se tinha espalhado e que o seu corpo envelhecido já não tolerava o tratamento, afirmando: "É só até aqui que vou".
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