Uma mãe brasileira lutou na justiça para mudar o género e nome do filho que nasceu há três anos com os dois sexos.
A mulher só soube do que se passava com a criança depois de a ter registado como menina. Durante todo o processo pré-natal, o bebé foi apontado como sendo do sexo feminino. Depois de nascer, foi transferido para os cuidados intensivos, o que impediu a mãe de ter contacto com a criança e de ver o que estava a acontecer.
Dias depois, quando conseguiu pegar no filho e mudar-lhe a fralda, a mulher reparou que o bebé tinha um pequeno pénis. A brasileira chamou a equipa médica, mas os profissionais voltaram a confirmar que a criança era do sexo feminino.
Posteriormente, e não contente com a avaliação médica do hospital, a mulher consultou uma especialista em genética que garantiu que a criança era hermafrodita.
Depois do choque inicial, a brasileira começou a reparar que, à medida que o filho crescia, comportava-se como sendo do sexo masculino. Não o matriculou na escola com medo do preconceito e ficava constrangida sempre que alguém perguntava pelo nome do menino. Até que decidiu tentar modificar o registo de nascimento.
Submeteu o filho a um exame genético que atestou o que os cromossomas são, na maioria, associados ao sexo masculino. Perante as provas, o Tribunal de Justiça do Acre, no Brasil, autorizou a mudança do nome e género da criança.
O que é um hermafrodita?
O hermafroditismo é uma alteração de cromossomas raríssima. Os hermafroditas nascem com órgãos sexuais internos e externos de ambos os sexos, incluindo ovários, útero, vagina, testículos e pénis. De acordo com a Organização Mundial de Saúde apenas acontece um caso em cada 100 mil nascimentos.