Tribunal romeno rejeita anulação de certidão de morte pedida pelo 'morto'
Homem de 63 anos foi declarado morto após anos de trabalho fora do país. Agora, não consegue 'voltar à vida'.
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Mundo Roménia
Constantin Reliu esteve mais de 20 anos a trabalhar como cozinheiro na Turquia e, em janeiro deste ano, decidiu regressar à Roménia. À chegada ao aeroporto ficou retido e foi informado de que estava morto.
O homem de 63 anos de idade contou a sua história por telefone à Association Press, “profundamente emocionado”, conforme descreve a agência, pois após mais de 20 anos de trabalho não consegue qualquer tipo de rendimento e não pode voltar à Turquia.
Reliu tem tentado provar que está vivo, naquilo que é descrito como “um pesado legal”, mas a situação foi agravada esta última quinta-feira quando o tribunal da cidade de Vaslui decidiu não anular a sua certidão de morte porque o pedido foi feito “demasiado tarde”.
“Estou oficialmente morto, embora esteja vivo. Não tenho rendimentos e como estou declarado morto não posso fazer nada”, lamentou.
A razão pela qual foi declarado morto tem a ver com a sua mulher. Reliu explicou que foi trabalhar para a Turquia em 1992, para conseguir ganhar dinheiro, e quando voltou, em 1995, foi surpreendido pela infidelidade da mulher. Em 1999, voltou de vez para a Turquia.
Em dezembro do ano passado, as autoridades turcas detiveram-no porque os seus documentos expiraram e voltou à Roménia em janeiro deste ano, tendo ficado retido no aeroporto porque, em 2016, a mulher declarou-o como morto.
A sua única opção é abrir um novo processo mas, como sofre de diabetes e, paralelamente, não consegue trabalho, não tem como pagar. Também não consegue regressar à Turquia mas espera conseguir escrever uma carta ao presidente Recep Tayyip Erdogan no sentido de o sensibilizar para a sua situação.
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