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ONU denuncia degradação da situação humanitária no Iémen

O Conselho de Segurança da ONU denunciou hoje a degradação da situação humanitária no Iémen, onde 22,2 milhões de pessoas precisam hoje de ajuda, mais 3,4 milhões do que no ano passado.

ONU denuncia degradação da situação humanitária no Iémen
Notícias ao Minuto

15:42 - 15/03/18 por Lusa

Mundo Conselho Segurança

"O Conselho de Segurança (CS) exprime a sua forte preocupação face à deterioração contínua da situação humanitária no Iémen e o impacto humanitário devastador do conflito nos civis", pode ler-se numa declaração aprovada por unanimidade, ao fim de semanas de negociações lideradas pelo Reino Unido.

O CS exigiu ainda às partes em conflito que facilitem a entrada de ajuda humanitária no país, que se levantem as restrições sobre importações comerciais e humanitárias e que se mantenham abertos todos os portos do país.

Os serviços humanitários da ONU têm insistido na necessidade de levantar as restrições importas pela coligação árabe à entrada de importações no Iémen, sobretudo desde que no ano passado a Arábia Saudita impôs um bloqueio marítimo e aéreo temporário como resposta ao lançamento de um míssil balístico contra a sua capital, Riade, por parte dos rebeldes huthis.

O texto hoje aprovado avisa todas as partes que denegar o acesso humanitário "pode constituir uma violação do direito internacional".

A mais alta instância da ONU denuncia também "o nível da violência no Iémen, incluindo ataques indiscriminados em zonas densamente habitadas.

"O Conselho de Segurança apela a todas as partes a respeitar e a proteger as escolas, os estabelecimentos médicos e o pessoal", precisa a declaração.

Há meses que a ONU condena a utilização de escolas pelos combatentes, que se servem delas por vezes como depósito de armas.

Sem se referir diretamente ao Irão, o CS "condena nos termos mais fortes os disparos de mísseis balísticos pelos huthis contra a Arábia Saudita, nomeadamente os de 04 de novembro e de 19 de dezembro, que colocam deliberadamente em perigo zonas civis".

Os EUA acusaram o Irão, que apoia os huthis e é adversário da Arábia Saudita, de fornecer mísseis aos rebeldes.

Teerão nega as acusações e a Rússia vetou recentemente uma resolução norte-americana que condenava uma violação pelo Irão do embargo às armas imposto ao Iémen.

O conflito no Iémen opõe as forças governamentais do Presidente Abdo Rabu Mansur Hadi, reconhecido internacionalmente, aos rebeldes xiitas huthis, que disputam o poder e controlam a capital, Sana, desde setembro de 2014.

A guerra recrudesceu após a intervenção de uma coligação liderada pela Arábia Saudita em março de 2015, em apoio do Governo de Hadi e contra os rebeldes, alegadamente suportados pelo Irão.

A guerra já fez cerca de 9.300 mortos e mais de 53.000 feridos, entre os quais muitos civis, colocando ainda regiões inteiras à beira da fome.

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