Merkel e Schulz chegam a acordo para novo governo na Alemanha
Chegou ao fim o impasse que durava desde as eleições de setembro, que deram a vitória, sem maioria absoluta, à CDU de Angela Merkel. Falhada a coligação Jamaica, Schulz cedeu e vai reeditar coligação com os democratas-cristãos.
© Reuters
Mundo Negociações
A CDU (União Democrata-Cristã), partido de Angela Merkel, a União Social-Cristã (CSU), de Horst Seehofere, e o Partido Social-Democrata (SPD), de Martin Schulz chegaram, após várias semanas de impasse, a um acordo para a formação de um novo governo na Alemanha.
Segundo o Der Spiegel, que cita fontes que participaram nas negociações, o acordo foi estabelecido durante a madrugada desta quarta-feira.
O mesmo jornal alemão afirma que o SPD vai ficar com os três ministérios fundamentais: dos Negócios Estrangeiros, das Finanças e do Trabalho.
As negociações para a formação do novo governo surgem depois de no passado dia 21 de janeiro, o SPD ter decido num congresso extraordinário prosseguir com as negociações, isto após os sociais-democratas, logo após a estrondosa derrota nas eleições de setembro, terem afirmado que não renovariam a coligação com Merkel e que preferiam ficar na oposição.
Os meses que se seguiram foram de enorme impasse, sobretudo depois de falhadas as negociações para a chamada coligação Jamaica. A CDU/CSU pretendia coligar-se com o Partido Democrático Liberal (FDP) e com os Verdes, no entanto, o acordo falhou.
O 'aperto de mão' entre Merkel e Schulz ainda terá de ser aprovado pelos membros da CDU mas, ao que tudo indica, não deverá haver grandes entraves à formação da nova coligação. Desde o início das negociações, as maiores reservas têm estado do lado do SPD, que teme ficar, novamente, refém dos conservadores.
Nesse sentido, os militantes sociais-democratas fizeram várias exigências a Schulz, nomeadamente a introdução de uma reforma do sistema de saúde e um enquadramento dos contratos de trabalho a termo certo.
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