Falta de investimento na Defesa "compromete respostas a ameaças"
O chefe das Forças Armadas britânicas avisou hoje que a capacidade do país de resistir a ataques e responder a ameaças está a ser corroída pela falta de investimento.
© Reuters
Mundo Reino Unido
As afirmações do general Nick Carter intensificaram as pressões sobre o governo para aumentar a despesa em Defesa.
Carter especificou que o Reino Unido tem estado exposto a adversários como a Federação Russa, cujas capacidades entretanto aumentadas Londres vai ter dificuldades em nivelar.
"As ameaças que estamos a enfrentar não se situam a milhares de milhas, mas estão na porta da Europa", disse Carter, durante uma conferência no Royal United Services Institute. "Já vimos como a guerra cibernética pode ser travada no campo de batalha e é capaz de perturbar a vida normal das pessoas", adiantou.
Carter juntou-se ao líder da Força Aérea, o marechal do ar Stuart Peach, no aviso de que a Federação Russa é uma ameaça crescente. A primeira-ministra Theresa May afirmou em 2017 que a Federação Russa tinha "montado uma campanha sustentada de espionagem e rutura cibernética" contra vários países.
Os comentários de Carter parecem querer pressionar o governo para que se contenha nos cortes na Defesa, que foi uma área duramente atingida pela austeridade que se seguiu à crise financeira de 2008.
Algumas notícias avançam que o governo está a considerar combinar as unidades de elite dos paraquedistas e dos 'marines', como forma de reduzir o número de efetivos militares em 14 mil. Este corte representaria uma redução em 10% dos atuais 137 mil.
Entretanto, alguns deputados reclamam que o governo aumente a despesa na Defesa dos atuais 2% do produto interno bruto para 3%.
Carter afirmou que sem uma ação agora, o Reino Unido vai ficar constrangido na sua capacidade de responder a poderes hostis.
"O tempo de enfrentar essas ameaças é agora. Não nos podemos permitir recuar",
Apelou ainda para o país aumente de forma significativa a sua capacidade de projetar poder nas vias terrestres para a Europa de Leste, sustentando ainda que o Reino Unido precisa de planos de contingência para lidar com um número de potenciais ameaças russas, que em caso de crise possam ser executados rapidamente.
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